Celular Seguro: tudo sobre a ferramenta que promete inibir roubo de celulares
O que é
Aplicativo do Governo Federal que visa inibir o roubo e furto de celulares, assim como a receptação dos mesmos, além de permitir um contato mais rápido com operadoras de telefonia e bancos visando a paralisação de serviços essenciais.
Onde achar?
Na sua loja de apps, procure por “Celular Seguro BR” e faça a instalação do app. O serviço também pode ser acessado pelo computador no endereço: https://celularseguro.mj.gov.br
Como usar
Após a instalação do app, é necessário se cadastrar ou usar a sua conta do serviço online gov.br.
Aceite os termos de uso. Leia para saber que instituições estão participando do projeto.
Ao acessar pela primeira vez, é necessário fazer os cadastros de pessoas de confiança e de seus aparelhos de celular ligados ao seu CPF.
Cadastros e Ocorrências
1 – Pessoa de confiança
Você cadastrará pessoas de confiança para que, em caso de sinistros (perdas, furtos ou roubos), elas possam criar uma ocorrência em seu nome.
São solicitados dados como: nome, CPF, telefone e email. As pessoas cadastradas devem ter também uma conta .gov e o app instalado no celular para validar a ação. As pessoas de confiança terão acesso ao perfil do seu aparelho.
2 – Registro de Aparelho
Neste item, o usuário deverá cadastrar seus aparelhos com linhas telefônicas ligadas ao seu CPF. No cadastro são solicitados dados como: marca, modelo, número telefônico, operadora, número de série e número IMEI, entre outros.
3 – Registro de Ocorrência
A pessoa de confiança poderá criar neste item a ocorrência e tocar no botão Alerta para preencher dados como: data, tipo de situação, hora, estado e cidade.
Ao final da ocorrência, o usuário receberá um protocolo padrão que deverá ser usado em em atendimentos posteriores nos bancos, operadoras e prestadores de serviços.
O que acontece depois da registro da ocorrência?
As operadoras farão o bloqueio da linha e os bancos bloquearão as transações bancárias no aparelho.
O alerta também servirá para o bloqueio do IMEI, que é o “CPF” do celular, tornado o aparelho praticamente sem condição de uso. Em resumo, não existe um botão de pânico. É preciso um pré-cadastro antes para que a ação reativa seja a mais eficiente possível.
ANÁLISES
PONTOS POSITIVOS
A ideia é que quem roubou o aparelho não consiga tempo hábil para usar os app de acesso aos bancos e nem vender o celular. A expectativa é que o uso massivo para app possa reduzir o roubo de dados e receptação de aparelhos, diminuindo também assim casos de estelionatos e crimes de informática. Contudo, pode abrir um mercado ainda maior de desmanche de aparelhos para venda de peças avulsas.
TEMPO DO BLOQUEIO PELOS BANCOS
O bloqueio das transações bancárias não é imediato. A promessa é de 10 a 30 minutos após o registro da ocorrência. Mas já é um tempo muito bom se levarmos em conta o tempo atual de retorno dos bancos para casos de estelionatos virtuais. Os bancos participantes são: BB, Caixa, Inter, Itaú, Bradesco, Pan, Safra, Santander e outros. Relação completa no termo de adesão.
RESTRIÇÕES AO APARELHO
O tempo para que as restrições ao aparelho ocorra via IMEI é de no mínimo 24 horas. Tempo possível para muita coisa acontecer. Deveria ser bem mais curto. As principais operadoras de telefonia estão presentes, como Vivo, Claro e Tim, entre outras.
Quando o IMEI do celular fica restrito não é mais possível conectar nas redes das operadoras, contudo, aparelho ainda funciona com Wi-Fi.
ENGENHARIA SOCIAL E NOVOS GOLPES
Novos golpes podem surgir com o uso e divulgação da ferramenta por meio de engenharia social. As pessoas devem ficar atentas a não cairem em conversas sobre suporte a bloqueio de celulares, de instalação de apps de reforço de segurança por estranhos. Não acredite nas lábias dos bandidos. Governo não vai ligar para resolver qualquer problema advindo do uso do app.
PESSOAS DE CONFIANÇA?
A escolha das pessoas certas para confiar uma tarefa tão delicada, tem gerado polêmica sobre o possível mau uso da ferramenta.
Os mais desconfiados alegam que pessoas escolhidas como de confiança, podem, por vários motivos, fazer um bloqueio do celular sem o que o roubo ou furto possa ter acontecido, somente na intenção de prejudicar a vítima. Isso é possível? Tecnicamente, sim.
Faltou o governo esclarecer que este tipo de conduta pode ser configurado como crime. Um F. A. Q. Ajudaria muito a esclarecer muitas dúvidas.
GRANDES SEM ADESÃO (Por enquanto)
O bloqueio seria mais eficiente com a participação do Google (Android) e Apple (IOS). Apenas o Google assinou a intenção de aderir ao app em 2024.
A adesão dos principais sistemas para celulares reforçaria muito a eficiência do projeto, visto que já existem quadrilhas especializadas em alteração de IMEI.
Também estão na intenção de aderir, serviços como: 99, Uber, Ifood e outros.
BOLETIM
A ocorrência no app não substitui o boletim de ocorrência policial, que deve ser feito também. Entenda que num primeiro momento é gerada apenas uma notificação e depois é que as ações serão realizadas pelos parceiros, como bancos e operadoras. Mas como está no início, não sabemos de forma exata a eficiência e rapidez dos envolvidos.
DICAS IMPORTANTES
Não se confie apenas no app. Use e reforce ações de proteção digital do aparelho.
Faça a proteção de dupla autenticação da sua conta .gov. Redes sociais e outros apps não estão protegidos pelo app. Se suas senhas forem fracas ou se você anotou dados sensíveis em bloco de notas, aí fica difícil.
FONTE: CIDADE VERDE.COM