presidio-enem1Ao menos 200 internos do sistema penitenciário do Piauí serão inscritos no Enem 2015, na modalidade para Pessoas Privadas de Liberdade (PPL), número superior ao do ano passado que contou com 120 candidatos. As provas estão previstas para acontecerem nos dias 1 e 2 de dezembro nas unidades onde cada interno foi inscrito.

O Enem nas penitenciárias seguirá os mesmos moldes do aplicado em todo país nos dias 24 e 25 de outubro. No primeiro dia de Exame para os internos, eles terão 4 horas e 30 minutos para responder às provas referentes às disciplinas de Ciências Humanas e Naturais. No segundo dia, terão 5 horas e 30 minutos para responder às provas de Línguas Estrangeiras, Matemática e Redação.

A coordenadora de Ensino da Secretaria de Justiça, Jussyara Valente, explica que atualmente 563 internos estão estudando através do programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA) e os internos que farão o exame estão tendo aulas de revisões para reforçar os conteúdos.

“Todas essas pessoas que farão o Exame já estão percebendo que o único caminho de vencer na vida é através do estudo e trabalho. Esse é um importante passo da transformação, que é a preocupação com a educação. O nosso papel é incentivá-los a ter êxito e acredito que eles conseguirão, pois estar das grades não quer dizer que a vida parou, ficar no ócio não vai mudar nada”, relata.

O objetivo da maioria dos internos é conseguir o certificado de conclusão do Ensino Médio e concorrer a uma vaga em um curso na universidade. Entretanto, seu ingresso na universidade vai depender do regime que ele estiver cumprindo, com algumas exceções em que o juiz determina escolta para reeducando em regime fechado até a porta da sala de aula.

Nos demais casos, assim que o reeducando progredir, a pena de regime fechado para regime semiaberto ou aberto é analisada e questões de comportamento também, entre outras, ele poderá frequentar a universidade, mas deverá voltar para a penitenciária onde cumpre sua pena até o término.

“Cada caso será estudado individualmente, no qual o juiz e a Secretaria de Justiça farão a análise do interno, levando em conta os crimes cometidos, o comportamento dentro da unidade, o regime que se encontra, entre outros quesitos. No momento não queremos que eles pensem nisso, estamos focados em conseguir alcançar nosso objetivo”, explica Jussyara.

Fonte: Meio Norte