Secretário de Fazenda do Piauí, Emílio Júnior, confirmou em entrevista na manhã desta quinta (16) que as chuvas que atingem o estado do Rio Grande do Sul afetarão economicamente o Piauí. De acordo com o gestor o setor de alimentação e insumos será afetado no estado já que o estado gaúcho é um dos maiores produtores de arroz e frutas, por exemplo. Em alguns supermercados da capital empresários já limitam a quantidade de produtos que podem ser adquiridos por comprador.

As enchentes que assolam o Rio Grande do Sul já deixaram até o momento 151 mortos e 806 feridos. O problemas da catástrofe ambiental afetam 458 dos 497 municípios do Rio Grande do Sul. O número de pessoas atingidas também tem aumentado. Ao menos 20,95% da população do estado foi afetada de alguma forma pelas consequências dos temporais. São mais de 2,28 milhões de pessoas dos 10,88 milhões de habitantes do estado.

Emílio Jr comentou o cenário e valorizou as medidas do governo federal para conter o preço do arroz no país.

“Mais uma vez é constatado que o mundo hoje é integrado, é lógico que um estado como o Rio Grande do Sul, que é um dos maiores produtores de arroz, um dos maiores produtores de fruta do país, a questão de vinhos. Isso afeta sim a nossa economia, é lógico que o governo está preocupado com a questão do preço, se deixar faltar o produto, isso vai impactar no preço do arroz. É um produto muito pesado na cesta básica que afeta os mais carentes. Vejo positivamente o governo atacar o que a população mais precisa que é a cesta básica”, afirmou

Para evitar uma possível escalada no preço arroz, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai comprar o produto já industrializado e empacotado no mercado internacional. A informação foi dada na última terça (7) pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Trata-se de um dos efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção nacional de arroz. O preço do máximo para o consumidor será de R$ 4.

O secretário de fazenda também fez uma avaliação sobre os primeiros cinco quatro meses de arrecadação do estado e cobrou “cautela”.

“O FPE, como as receitas próprias, registrou um bom crescimento no primeiro trimestre. O FPE teve um crescimento de 12%, as receitas próprias tiveram um crescimento em torno de 27%, isso em decorrência de que tivemos um crescimento negativo, não foi um crescimento real. A partir do mês de abril tivemos uma realidade maior. O FPE teve um crescimento de 5,5%, a primeira cota que o estado recebeu em maio também tivemos um crescimento de 5,85%. É algo que nos sinaliza uma preocupação com o equilíbrio econômico, vamos esperar o fim de maio para ter uma segurança maior”, afirmou.

 

FONTE: Portal O Dia