A greve dos bancários do Piauí entra, nesta quarta-feira (14), no seu oitavo dia de duração. A categoria acompanha o movimento do Comando Nacional de Greve, que paralisou as atividades de 10 mil agências bancárias em todo o Brasil. Ontem (13), representantes do Sindicato dos Bancários do Piauí (SEEBF-PI) realizaram piquete na frente de um banco privado, no Centro de Teresina.
De acordo com Edvaldo Cunha, diretor regional do SEEBF-PI, 70% das agências bancárias do Piauí aderiram ao movimento paredista. Diante da abrangência da greve, poucos bancos estão funcionando normalmente e, a partir dos próximos dias, a categoria acredita que vai faltar dinheiro nos caixas eletrônicos.
“Nesta semana, acontece o pagamentos dos servidores do Estado e dos aposentados. Com isso, corre risco de acabar as cédulas nos terminais e a situação piorar. A cobertura da nossa greve é forte”, alerta Edvaldo. O impacto da paralisação é sentido diretamente por quem procura atendimento bancário. A costureira Maura Pereira foi ao Banco do Brasil da avenida Álvaro Mendes realizar uma transação financeira e teve que voltar para casa sem concluir o serviço.
“Entendemos a greve deles [servidores] mas nós saímos muito prejudicados. Fica tudo atrasado”, reclama Maura.
Entre as principais reivindicações dos bancários estão o aumento salarial em 16% e a melhoria da segurança nas agências bancárias. Os grevistas querem reajuste com piso de R$ 3.299,66. A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou a proposta de acréscimo de 5,5%, que foi rejeitada pelo Comando Nacional de Greve.
Até ontem à noite não houve avanço nas negociações e a paralisação segue sem data para acabar. O Sindicato dos Bancários do Piauí está intensificando o movimento para que mais agências do Estado sejam incorporadas à greve.
Fonte: Meio Norte