Compras nos shoppings as vésperas do NatalCom a proximidade das festas de fim de ano, o comércio começa a se preparar para o aumento do fluxo de clientes. Uma das estratégias é a contratação de funcionários temporários. Segundo dados da Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Asserttem) e Caixa Econômica Federal, o comércio deve fechar o ano com 434,4 mil vagas de emprego temporário, sendo uma estimativa que compreende os meses de setembro a dezembro. Estas vagas são para os setores da indústria, comércio e serviços. 

Por outro lado, a Confederação Nacional do Comércio (CNC) prevê a contratação de 72,7 mil trabalhadores temporários apenas para o varejo. Esta projeção representa uma redução de 1,7% se comparado com as vagas. Contudo, a expectativa do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Piauí (Sindilojas/PI), serão abertas poucas vagas este ano. 

“Ainda não existe uma projeção porque muitas empresas ainda estão na dúvida se vão contratar ou apenas remanejar os funcionários de um setor para o outro. A partir da primeira quinzena de novembro, algumas empresas vão fazer seleção e vão abrir algumas vagas, mas serão poucas. As demissões estão menores que as contratações e deve continuar na média do resto do ano”, assinala Tertulino Passos, presidente do Sindilojas/PI.

A vendedora Erica Lima estava desempregada há um ano e dois meses e viu na contratação temporária uma oportunidade de retornar ao mercado de trabalho. A contratação de funcionários temporários, seja em maior ou menor quantidade, é algo comum todos os anos e quem está desempregado intensifica a procura por uma colocação nesse período. 

“Coloquei currículo em várias lojas do shopping e no Centro, até que tive a oportunidade de conseguir o emprego nessa loja”, relata a vendedora. 

Valdemir Ferreira é gerente de uma loja no Centro de Teresina e conta que, até o momento, foram contratados 25 funcionários temporários. A expectativa é de fechar esse número em 30 contratações. Para ele, o investimento é importante para bem receber o cliente, que vem mostrando disposição para gastar. 

“Se o temporário se sair bem, será efetivado. Na verdade, na nossa loja, não tem emprego temporário, vai depender do desempenho dele. Todo ano, a gente tem um aproveitamento de 10 pessoas que se efetivam no nosso quadro. O movimento na loja cresce muito, o comércio tem um aquecimento muito forte. Então, é preciso que exista a assistência da equipe para atender os clientes”, pontua.

Fonte: Jornal O Dia