Os rins são órgãos importantes do nosso corpo e desempenham funções fundamentais para o bom funcionamento do organismo. São eles que fazem a “limpeza” da corrente sanguínea, filtrando resíduos tóxicos, como ácido úrico, creatinina e ureia. No entanto, nem todo mundo está atento aos cuidados com os rins, como resultado, hoje ele é o órgãos mais transplantado do Brasil, segundo o Ministério da Saúde.
Quais cores são preocupantes? O nefrologista da Fundação Pró-Renal, Rene dos Santos Neto, explica que a urina escura pode indicar que existe algo de errado com o corpo. Em entrevista ao Terra, ele explica que o ideal é que ela seja clara e amarelada. Ele cita ainda as cores que merecem atenção: laranja (por causa de uma alta concentração de vitamina C ou problemas na vesícula ou fígado), azul ou verde (pode ocorrer devido á medicações ou infecções bacterianas) e rosa (pode ser por alimentos, corantes ou remédios).
Quando procurar ajuda médica? Se o xixi apresentar uma cor diferente e de forma persistente, como turva, escura, vermelha ou com a presença de sangue, é hora de se preocupar. “Urina com cor de Coca-Cola ou marrom escuro, por exemplo, pode ser causada por desidratação, infecção do trato urinário, doença hepática, hemólise (destruição dos glóbulos vermelhos no sangue) ou rabdomiólise (destruição das fibras musculares)”, alerta ele.
E quando a urina fica transparente? O nefrologista alerta ainda que hidratar-se é importante, mas o consumo exagerado de água também pode ser um problema, levando a um quadro de hiponatremia (quando os níveis de sódio no sangue se tornam muito baixos). Nesses casos, a urina fica transparente. “Manter uma dieta balanceada, rica em frutas e vegetais, evitando o uso excessivo de anti-inflamatórios não esteroidais (AINES) e controlar condições subjacentes, como diabetes e hipertensão, contribuem para a saúde renal”, orienta o especialista.
Diagnóstico
Para diagnosticar se há algum problema nos rins, os médicos pedem ao paciente exames de urina e de sangue. “Exames de urina, como a urinálise, como a relação albumina-creatinina e a microalbuminúria, também são muito importantes para detectar anormalidades e avaliar a velocidade da progressão da doença renal”, completa o Dr. Rene.
Na hora de coletar a urina, é necessário evitar contaminações para não afetar o resultado do exame. “As contaminações durante a coleta de urina podem incluir bactérias da pele, poeira, resíduos de sabão ou outros produtos de limpeza, entre outros. Estes podem introduzir microrganismos estranhos à amostra, levando a resultados imprecisos em testes de cultura de urina, por exemplo. Podem interferir nos resultados dos exames, distorcendo análises químicas e microbiológicas”, afirma Vitoria Repula, Assessora Científica da FirstLab.
Fonte: meionorte.com