Foto: Jornal Meio Norte.

“No Brasil, aproximadamente 40 milhões de correspondências estão paradas. Aqui no Piauí a estimativa é que sejam mais de 700 mil”, diz Sérgio de Castro, diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos (Sintect).

Em greve desde o dia 14 de setembro, servidores dos Correios mantêm paralisação. Concentrados em frente ao Centro de Triagem de Cartas e Encomendas CTCE, mais de 100 trabalhadores realizam manifestação e impediram caminhões de carga de entrarem na empresa. Os grevistas afirmam que o acordo foi para que as portas do CTCE ficassem abertas, mas que o caminhão não entrasse.

Na manifestação, policiais militares tentaram impedir que os manifestantes barrassem a entrada dos caminhões. Os trabalhadores por sua vez ameaçaram tocar fogo nos três caminhões de carga, caso eles entrassem na empresa. No Piauí, segundo Sérgio de Castro, do Sintect, toda a categoria aderiu a greve. Um total de 500 trabalhadores no Piauí e cerca de 400 somente em Teresina. “Os 35 Sindicatos no Brasil já aderiram ao movimento que está com força total”.

A categoria reivindica reposição da inflação de 7,16%, o valor de R$ 400,00 de aumento real e mais reposição das perdas de 24,87% referente ao período de 1994 a 2010. “A greve é a última alternativa já que a empresa não atende nossas reivindicações. Desde 1° de junho estamos com a greve programada e nada foi feito pela empresa. A direção diz que só negocia se voltarmos ao trabalho, mais nós vamos permanecer paralisados até que as negociações sejam feitas”, diz Sérgio.

Amanhã os trabalhadores fazem um ato em todo o país. Em Teresina será feita uma passeata pelas ruas da cidade. A categoria também trava uma luta contra a Medida Provisória 532, que abre a Empresa para investimentos privados.

“Essa privatização dos Correios só vai piorar os serviços prestados e precarizar as relações de trabalho”, afirma Sérgio.

Fonte: meionorte.com