Foto: DIvulgação.

Alexandre da Silva, pai do menino Juan de Moraes, morto em uma operação da Polícia Militar, disse que “ficará em paz” com a soma de dois fatores: a indenização de R$ 200 mil oferecida pelo Governo do Estado e a prisão dos assassinos. De acordo com ele, seria uma forma de amenizar a dor pela perda do filho de 11 anos.

Um representante do governo irá se reunir com Silva e outros familiares de Juan até o fim desta semana para formalizar a oferta, que foi confirmada pela assessoria do governador Sérgio Cabral no sábado (17).

– A dor ainda é muito grande, mas não podemos trazer o meu filho de volta. Para mim, este dinheiro está bom, é suficiente. Acho que isso e a prisão dos assassinos me deixariam em paz.

A negociação para o pagamento da indenização será conduzida pelo secretário estadual de Assistência Social, Rodrigo Neves. O governo ainda não informou quando o dinheiro será liberado.

Juan desapareceu no dia 20 de junho durante uma incursão policial no bairro Danon, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, onde morava.

Quatro policiais militares do batalhão de Mesquita (20º BPM) foram apontados como autores do crime. Eles tiveram a prisão decretada pela Justiça na última sexta-feira (16).

De acordo com a denúncia do Ministério Público, os PMs não teriam encontrado resistência de traficantes e por isso, não houve confronto no local do crime, ao contrário do que foi informado pelos policiais para justificar os disparos.

Uma ossada, que segundo a Polícia Civil é do menino, foi encontrada às margens do Rio Botas, em Belford Roxo, dias após o crime. Depois de informações desencontradas, a polícia confirmou que se tratava dos restos mortais de Juan.

Entretanto, em 17 de agosto, o suposto corpo do menino foi exumado no cemitério Central de Nova Iguaçu para que novos exames de DNA fossem feitos, pois a dúvida sobre a ossada voltou à tona. Até esta quinta, o resultado das análises não havia sido divulgado.

Fonte: meionorte.com