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A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos irá descontar dos salários dos grevistas os dias parados sob o argumento de que, de acordo com a legislação, a greve implica na suspensão do contrato de trabalho. Segundo os Correios, mais de 90% dos trabalhadores continuam em atividade normalmente, e uma pequena parcela realiza paralisação parcial nos Correios, prejudicando alguns serviços.

Os Correios irão pagar, até o dia 3 de outubro, as diferenças do reajuste de 8% referentes aos meses de agosto e setembro aos trabalhadores que fazem parte da base dos sindicatos de São Paulo, Rio de Janeiro, Bauru/SP, Rio Grande do Norte e Rondônia. Estes assinaram o Acordo Coletivo de Trabalho – já protocolado pela empresa junto ao Tribunal Superior do Trabalho com pedido de extensão aos demais sindicatos. As diferenças serão recebidas por meio de crédito bancário.

Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Correios no Piauí, José Rodrigues, estes sindicatos que realizaram este acordo não têm poder jurídico para firmar este compromisso, mas apenas a Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios. “Vamos continuar com a greve independente das ameaças e se cortarem o ponto nós vamos agir judicialmente para impedir”, declara.

De acordo com os Correios, a Federação recusou-se a dialogar durante a audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST) e preferiu deflagrar paralisação parcial, levando ao dissídio.

Fonte: Jornal Meio Norte