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Os três adolescentes que participaram do estupro coletivo de 4 garotas de 15 a 17 anos em Castelo do Piauí confessaram que espancaram assassinaram o companheiro de crime e de cela no Centro Educacional Masculino (CEM), Gleison Vieira da Silva, de 17 anos. Os três adolescentes que dividiam o alojamento com Gleison Vieira da Silva confessaram para a delegada do Menor Infrator em Teresina, Thais Paz, que espancaram o companheiro até a morte, assumiram a autoria do ato infracional e relataram que mataram o jovem, pois ele entregou para a polícia os nomes dos envolvidos no estupro coletivo em Castelo do Piauí, em maio deste ano.

A delegada Thais Paz falou que um dos adolescentes disse que foi apenas uma discussão que terminou na morte do Gleison Vieira da Silva, mas os outros dois adolescentes confessaram que a intenção era realmente matar o companheiro por ser delator “Os adolescentes afirmam que assassinaram Gleison Vieira da Silva porque ele teria dito para a polícia que eles participaram do estupro coletivo sem terem envolvimento com o caso”, disse delegada do Menor Infrator, que preside o inquérito policial que apura o assassinado de Silva. O gerente de internação do Centro Educacional Masculino (CEM), Herberth Neves, declarou que vai abrir uma sindicância para identificar os responsáveis pelo vazamento das imagens do adolescente Gleison Vieira da Silva, 17 anos, por companheiros de cela. As imagens, que mostram o corpo ferido e o rosto de Gleison Vieira desfigurado, foram compartilhadas nas redes sociais.

Herberth Neves quer saber se houve negligência por parte dos policiais ou educadores de plantão com relação a divulgação das fotos do garoto. Herbeth Neves disse que s suspeitos de assassinar o adolescente admitiram o homicídio e não demonstraram remorso ou arrependimento ao relatar o ato criminoso.

O juiz Antonio Lopes, da 2ª Vara da Infância e Juventude em Teresina, afirmou que o Centro Educacional Masculino (CEM) poderia ter sido palco de uma chacina, já que os adolescentes vinham sendo ameaçados de morte pelos demais jovens da unidade. “Eles (os internos) disseram que os agressores tiveram foi sorte, porque iriam matar os quatro. Poderia ter sido uma chacina. Há 14 anos vejo que o estado não tem cumprido o que estabelece o Estatuto da Criança e do Adolescente, que é manter separados menores com alto grau de agressividade, a exemplo de estupradores, e quando há riscos para a integridade física deles”, declarou o juiz Antônio Lopes.

Fonte: Meio Norte