A Seleção Brasileira e a Argentina podem até não ter tido sucesso na Copa América. Ambas foram eliminadas nas quartas de final do torneio.
A Seleção Brasileira e a Argentina podem até não ter tido sucesso na Copa América. Ambas foram eliminadas nas quartas de final do torneio. Mas nesta quarta-feira, às 21h50m (de Brasília), o retorno das duas equipes a Córdoba, uma das cidades-sede do torneio, pode significar a redenção em busca de um futuro melhor até a Copa de 2014. Para o time de Mano Menezes, um empate por 2 a 2 com o Paraguai e uma vitória por 4 a 2 sobre a Colômbia nos dois jogos na cidade. Para os Hermanos, um único triunfo no Estádio Mário Alberto Kempes, local onde será disputado o primeiro embate entre os países em jogo válido pelo Superclássico das Américas. Quem levará a melhor?
Mas as coincidências não ficam apenas nos retornos das equipes à cidade. No caso do Brasil, os jogadores que estiveram na Copa América têm muitas lembranças das duas vezes em que o grupo esteve em Córdoba. Mesmo hotel, mesmo ônibus, mesmo trajeto até o Mário Kempes… Para Neymar, por exemplo, é a terceira vez que se hospeda na mesma concentração. E, mais uma vez, sem as novelas brasileiras à disposição na TV. A diversão foi outra.
– Aquele game com a rapaziada – postou o atacante no Twitter, na véspera do duelo.
Para o jogo de ida do Superclássico das Américas nesta quarta-feira, Brasil e Argentina só poderão contar com atletas que atuam nos dois países. A segunda partida será no Mangueirão, em Belém. A equipe que somar o maior número de pontos nos dois jogos ficará com o troféu Nicolás Leoz, criado pelo artista uruguaio Carlos Páez Vilaró.
Sem poder contar com os “estrangeiros”, Mano chamou dez caras novas para o clássico sul-americano, atletas que nunca defenderam a Seleção Brasileira: o goleiro Rafael, do Santos, os laterais Mário Fernandes, do Grêmio, e Bruno Cortês, do Botafogo, o zagueiro Rhodolfo, do São Paulo, os volantes Paulinho, do Corinthians, Casemiro, do São Paulo, e Rômulo, do Vasco, os meias Cícero, do São Paulo, Oscar, do Internacional, e Renato Abreu, do Flamengo.
Mano Menezes fez uma aposta: o mesmo ataque que teve boa atuação na vitória por 1 a 0 sobre Gana, em amistoso realizado no início de setembro, em Londres. Neymar, Ronaldinho Gaúcho e Leandro Damião foram escalados entre os titulares. O atacante do Internacional, inclusive, marcou o gol do triunfo sobre os africanos, na capital inglesa.
Mano também apostou no entrosamento da dupla de volantes do Corinthians. Paulinho e Ralf estão confirmados no meio-campo, ao lado do experiente Renato Abreu, atleta mais velho da lista do comandante, com 33 anos. A defesa é o setor com mais novidades. A zaga será formada por Dedé e Réver. Os laterais serão Danilo e Kléber, também escalado pela rodagem com a camisa da Seleção.
Durante a coletiva de apresentação do jogão desta quarta-feira, Mano falou com seriedade da importância da partida para a Seleção Brasileira.
– Essa não é uma partida para jogar. É uma partida para vencer – disse o treinador.
Em 23 jogos válidos pela Copa Roca, a partir de 2011 Superclássico das Américas, a Seleção Brasileira venceu 14, perdeu nove e empatou três. O time canarinho ficou com o caneco em sete oportunidades contra apenas três dos Hermanos.
Argentina aposta na base do Velez
O técnico Alejandro Sabella vai apostar na base do Velez Sarasfield no confronto diante do Brasil. No único treino aberto à imprensa, o treinador optou pelo entrosamento da principal equipe do futebol argentino na atualidade. São seis atletas da equipe: Sebastian Dominguez, Canteros, Augusto Fernandez, Zapata, Papa e Martinez.
Por outro lado, o treinador não poderá contar com a experiência de Verón e Riquelme. Os dois estão machucados e não foram relacionados para o duelo. Para o técnico Mano Menezes, mesmo com tantos desfalques e sem poder utilizar os atletas que atuam no exterior, a Argentina vai dar trabalho.
– Existem algumas vantagens e algumas desvantagens. Respeitamos o Verón e o Riquelme, porque sem dúvida são uma referência. Mas se a Argentina não os terá, terá juventude com força, vontade, gana, porque são chances que surgem. E sabemos que quem tem base minimiza a falta de entrosamento – afirmou Mano.
Fonte: globoesporte.com