Governador Wellington Dias em recente reunião com o Ministro da Previdência em Brasília (Foto: Reprodução)
Governador Wellington Dias em recente reunião com o Ministro da Previdência em Brasília (Foto: Reprodução)

O secretário estadual de Governo, Merlong Solano, declarou que o Encontro de Governadores do Nordeste receberá os ministros da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas; da Justiça, Luiz Eduardo Cardoso; e da Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo, no momento em que o país enfrenta uma crise econômica e que causa um abatimento nas receitas dos Estados e municípios, sendo oportuno que os estados estejam em interação com o Governo Federal procurando soluções para os problemas vivenciados, ainda mais quando se trata de questões da relevância como as da segurança pública, que serão tratadas com o ministro Eduardo Cardozo, que vai apresentar o Programa Brasil Mais Seguro.

“É uma área, na qual a parceria com os Estados com o Governo Federal é necessária porque o Governo Federal encontra muitas vezes dificuldades e um diálogo entre os governadores e o ministro poderá aplainar os caminhos para melhor aproveitamento dos recursos federais na área da segurança, tanto da segurança no âmbito das Secretarias de Segurança como da Secretaria de Justiça.

Merlong disse que outra área de grande relevância para os Estados é a Previdência. Ele declarou que a previdência pública brasileira dos servidores públicos é uma das áreas que mais consomem dinheiro dos orçamentos dos Estados, que é uma das mais deficitárias. “Todos os Estados estão com déficits”, falou Merlong Solano, adiantando que o déficit da previdência do Piauí no ano passado foi de R$ 600 milhões, mas para este ano de 2015 ficará em R$ 750 milhões.

Para ele, a questão do déficit da previdência é extremamente relevante para um Estado como o Piauí e é preciso sentar à mesa com o ministro Carlos Gabas, com os governadores em busca de caminhos que possibilitem uma solução, se não ma curto prazo, pelo menos a médio prazo.

“É preciso enfrentar esse estrangulamento que, não resolvido, poderá tornar os Estados inadministráveis por causa de suas finanças. Por tudo isso, o encontro é oportuno porque é o momento em que os governadores encontram pontos comuns aos Estados aos Estados com o Governo Federal”, declarou o secretário de Governo.

Ele falou que os servidores públicos estaduais do Piauí ganham seus proventos como aposentados de acordo com os salários que receberam durante sua atividade e não de acordo com suas contribuições previdenciárias.

“Um desequilíbrio entre os valores que os servidores contribuem ao longo de suas carreiras e os benefícios que recebem como aposentados. Esse desequilíbrio gerou no ano passado R$ 600 milhões e esse déficit é crescente porque nos valores dos benefícios aumentam de acordo com os aumentos dos salários dos servidores da ativa e do permanente crescimento das pessoas aposentados, por isso o déficit deverá ficar em R$ 740 milhões, o que representa 10% da receita corrente líquida do Estado do Piauí. É um volume extremamente eleva e explica as dificuldades que o Governo do Estado está tendo em fazer investimentos com recursos próprios”, falou Merlong.

Fonte: Meio Norte