Os casos de golpes virtuais aumentaram 40% no Piauí. Crimes que, segundo a polícia, tendem a crescer se porventura as pessoas não adotarem os devidos cuidados para se prevenir.

Os dados são da Secretaria de Segurança Pública do Piauí. O aumento de 40% no número de registros de vítimas de golpes virtuais leva em consideração os dados do ano de 2023

De acordo com o delegado de Polícia Civil, Williams Pinheiro, as pessoas podem evitar cair em golpes virtuais seguindo algumas dicas simples. “Às vezes os preços são mais baratos, [na internet] mas se você vai comprar, principalmente veículos, você tem que ir lá e conhecer o veículo, ver o veículo. Facebook, tenha muito cuidado com isso. Claro que tem a facilidade de a gente estar no mundo virtual hoje, mas tem que ter esses cuidados” ressaltou Pinheiro, que reforçou onde é mais ideal realizar compras de maneira virtual. 

“Para fazer compras tem os sites mais seguros. Costumeiramente chegam aqui páginas falsas, [As pessoas] tem que ter um pouco de bom senso”. Mesmo em sites considerados de boa reputação é importante estar atento, já que, segundo Williams, alguns criminosos conseguem copiar até mesmo o layout de grandes plataformas de venda virtual para enganar os consumidores, os levando muita das vezes ao engano. 

Uma prática delituosa muito comum nos últimos dias é a relacionada à débitos no banco. O criminoso se passa pela instituição financeira para realizar um tipo de negociação, uma maneira de obter informações sigilosas da vítima e até mesmo obter dinheiro. 

O motorista de aplicativo, Sávio Henrique foi vítima desse tipo de ação delituosa. Ele relatou ao Portal Costa Norte como aconteceu e como ele descobriu que havia caído em um golpe. “Me ligaram dizendo que eu estava devendo um cartão de crédito […] Eles disseram meu nome ‘todinho’, meu CPF, a rua que eu moro, aí mandou em fazer um pagamento de R$ 350,00, e mandaram um boleto via Whatsapp, aí eu peguei e paguei e mandei o comprovante pelo Whatsapp”, contou. A vítima revelou que só descobriu que tinha sido alvo de golpe ao ir na Caixa para consultar sua situação financeira e descobrir que não tinha pendência nenhuma com a instituição. 

Williams faz alerta para quem costuma atender as supostas ligações de bancos. “Esse dos bancos é uma modalidade recente que eles vem usando. Você vai receber uma ligação […] Aparece o nome da instituição financeira, ali já começa ali a alimentar uma confiança na vítima, a vítima atende. Quando a vítima atende o cara está lá treinado como se fosse um funcionário do banco dizendo que tiveram algum problema ou até que estão fazendo recadastramento da sua conta e começa a ludibriar […] Aí ela dá o número da conta”, destacou Williams, que alertou que os bancos não ligam para seus clientes para fazerem recadastramento. 

Desde a compra de um produto pelas redes sociais, até uma negociação financeira, é necessário cuidado. Para todos os casos, cabe o bom senso. Afinal, um produto, seja qual for ele, sendo vendido na internet por um preço bem abaixo do praticado no mercado deve despertar desconfiança no consumidor para evitar prejuízos financeiros.