A reforma administrativa prometida pelo governador Wilson Martins (PSB), para o dia 2 de janeiro, pode alterar a direção de dez pastas no Governo do Estado. Wilson já avisou que deverá permanecer na administração do Estado aqueles que estiverem comprometidos com a continuidade de seu projeto político, o que na prática significa apoio a sua candidatura ao Senado e ao atual vice-governador Zé Filho para o Governo do Estado. Como muitos partidos já deixaram claro que pretendem seguir outro projeto político, eles terão a opção de pedir exoneração ou esperarem o convite para entregarem seus cargos.

Os primeiros a sair deverão ser os integrantes do Partido dos Trabalhadores (PT). Os petistas ocupam a Secretaria da Justiça e dos Diretos Humanos, com Henrique Rebelo; Secretaria de Estado da Assistência Social e Cidadania, que tem como secretário Francisco Guedes; Secretaria de Estado das Cidades, que está sob a administração de Merlong Solano; Secretaria Estadual para Inclusão da Pessoa com Deficiência, Helder Jacobina, e Fundação Cultural do Piauí, que é presidida por Bid Lima.

Também podem ser substituídos os gestores de pastas que estão sob a administração de partidos como o PC do B, PTB, que têm forte inclinação de seguir apoiando o PT na eleição de 2014. Também existe a possibilidade de o PDT ter que se retirar do governo, caso não definam uma posição sobre o apoio ao projeto político e eleitoral de Wilson Martins. O PC do ocupa apenas a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, que é dirigida por Dalton Macambira. Já o PTB detém a indicação para a Secretaria de Turismo e Central de Abastecimento do Piauí (Ceapi), com Nerinho e Alberto Monteiro Neto, respectivamente. O PDT ocupa o Instituto de Assistência e Previdência do Estado do Piauí (Iapepi), Flávio Nogueira; e a Secretaria de Segurança, que é comandada por Robert Rios.

A situação de Robert no Governo do Estado é um pouco diferente da dos demais. Isso por que ele foi eleito deputado estadual, em 2010, pelo PC do B e mesmo depois de ter sido convidado a se retirar do partido, permaneceu no cargo, o que demonstra que sua indicação nada tem a ver com cota partidária.

Alguns dos secretários que ocupam pastas do Governo são deputados estaduais eleitos que estão de licença da Assembleia Legislativa, dando lugar aos seus suplentes. O PT, por exemplo, possui dois suplentes na Assembleia e caso, se confirmem a desoneração dos petistas os deputados licenciados Henrique e Rebelo e Merlong Solano devem retornar às suas funções parlamentares, o que obrigará os atuais suplentes Flora Izabel e João de Deus a se retiraram da Assembleia.

Com a provável saída de Nerinho da Secretaria de Turismo do Estado e seu consequente retorno à função de deputado estadual, quem também deve deixar a vaga de suplente é Joilson Rodrigues, depois de quase 10 meses de mandato parlamentar.

Mesmo sendo improvável a saída de Robert Rios da Secretaria de Segurança, quem seria afetado com o retorno de Robert à Assembleia é o seu suplente Gessivaldo Isaias (PRB).

Fonte: O Dia