Ela gravou o programa de rádio e televisão do PMDB, que irá ao ar em 24 de novembro (Foto: Divulgação)

O programa de rádio e televisão do PMDB, que irá ao ar em 24 de novembro, terá uma mensagem da presidente Dilma Rousseff (PT) a ser gravada na próxima segunda-feira. A participação foi acertada em almoço com o vice-presidente Michel Temer e o líder da bancada peemedebista na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), na quarta-feira. O encontro também serviu como uma sinalização de que a presidente apoia o acordo para que um peemedebista suceda Marco Maia (PT-RS) na presidência da Câmara dos Deputados.

Ainda não há definição sobre o conteúdo da participação de Dilma na propaganda peemedebista. Alves disse que a ideia é que ela fale sobre a relação do PMDB com o governo e trate também dos desdobramentos da crise internacional.

No almoço no Palácio da Alvorada, Dilma agradeceu ao líder da bancada peemedebista pelo apoio do partido na aprovação em primeiro turno da prorrogação da Desvinculação de Receitas da União (DRU) na Câmara, e voltou a fazer um relato das dificuldades econômicas que o País poderá enfrentar com o agravamento da crise global.

A presidente reafirmou que o governo não mudará sua atuação no enfrentamento e tentará manter o crescimento econômico, com juros menores e crédito sustentável para os brasileiros e para as empresas. “A presidente mostrou que a relação do PT e do PMDB é sólida e duradoura aqui no Congresso”, disse Alves.

Segundo o parlamentar peemedebista, não houve uma chancela da presidente para que ele seja o sucessor de Maia, apesar da deferência especial concedida por Dilma convidando o parlamentar para uma reunião privada, que também contou com a presença da ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti.”O que está certo é que haverá um rodízio com o PMDB sucedendo o PT na presidência da Casa”, afirmou o deputado.

Na avaliação de uma fonte do Palácio do Planalto, que falou sob condição de anonimato, Dilma fez um gesto político ao líder peemedebista, demonstrando que tem confiança nele e que essa boa relação pode continuar caso ele seja presidente da Câmara, desde que o governo continue tendo sucesso nas votações no Congresso.

Fonte: Terra