Educação superior no Piauí: Veja as áreas de maior e menor número de formados
O recente Censo Demográfico do IBGE apresentou um panorama sobre a educação superior no Piauí, destacando as áreas de formação que mais atraem estudantes e aquelas que enfrentam menor interesse. Esse estudo é fundamental para compreender as escolhas profissionais dos piauienses e a demanda do mercado de trabalho na região. Os dados indicam que os cursos relacionados a negócios, administração, direito, educação e saúde continuam a ser os mais populares. Em contrapartida, áreas como agricultura, pesca e veterinária têm visto uma queda no número de estudantes, mesmo sendo setores economicamente relevantes para o estado. A situação é semelhante na área de serviços, que também apresenta um número reduzido de graduados.
No Piauí, as áreas com maior número de formados incluem negócios, administração e direito, com 74 mil graduados, seguidas por educação, com 68.779, e saúde e bem-estar, com 57.795. Outras áreas, como artes e humanidades, somam 35.616 graduados, enquanto ciências naturais, matemática e estatística têm 18.804. Ciências sociais, comunicação e informação contam com 16.368 formados, e engenharia, produção e construção, 11.656. Já computação e tecnologia da informação e comunicação têm 6.675 graduados, enquanto agricultura, silvicultura, pesca e veterinária somam 6.631. Por fim, a área de serviços registra apenas 6.013 formados.
Essa tendência observada no Piauí é semelhante à do restante do Brasil, onde negócios, administração e direito também lideram em número de graduados, seguidos por saúde e bem-estar e educação, refletindo um padrão de escolha entre os estudantes em todo o país. Além disso, o levantamento revelou desigualdades raciais na conclusão de cursos de graduação no estado. Apesar de a maioria da população do Piauí ser parda (64,83%), seguida por brancos (22,63%) e pretos (12,25%), a proporção de graduados não corresponde a essa distribuição. Por exemplo, no curso de Odontologia, 49,52% dos formados são brancos, um número que supera a representatividade dessa etnia na população do estado. Em contrapartida, apenas 48,43% dos graduados são pardos, o que é inferior à sua presença na população total, enquanto apenas 0,86% são pretos, evidenciando um contraste preocupante.