Manifestação em frente ao escritório da Eletrobras, em Parnaíba. Greve dos eletricitários continua até o dia 02 de setembro (Foto: Jornal da Parnaíba)
Manifestação em frente ao escritório da Eletrobras, em Parnaíba. Greve dos eletricitários continua até o dia 02 de setembro (Foto: Jornal da Parnaíba)

Trabalhadores do setor elétrico continuam firmes na paralisação de 72 horas! Nesta terça-feira (01) acontecem assembleias informativas sobre a reunião de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST), entre o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) e o Sistema Eletrobras.

O encaminhamento do CNE é de que os trabalhadores permaneçam no movimento aguardando a posição da empresa, que tem o prazo de até quinta-feira (03) para se manifestar em relação a proposta discutida no TST.

Os eletricitários continuam firmes na luta pelo (Acordo Coletivo de Trabalho – ACT 2015/2016. Em Parnaíba não foi diferente e os eletricitários fizeram manifestação em frente ao escritório local da Eletrobras, situada na avenida São Sebastião.

Na última segunda-feira, 31 de agosto, o Coletivo Nacional dos Eletricitários participou de audiência de mediação no Tribunal Superior do Trabalho para tratar do Acordo Coletivo dos eletricitários do Grupo Eletrobras. Após cinco horas reunidos, o Ministro do TST, Ives Gandra, apresentou proposta a ser oficializada pela direção da empresa e, em seguida, apreciada pela categoria.

A porta do escritório da Eletrobras em Parnaíba estava fechada e com uma faixa com a expressão “Estamos em Greve”. (Foto: Jornal da Parnaíba)
A porta do escritório da Eletrobras em Parnaíba estava fechada e com uma faixa com a expressão “Estamos em Greve”. (Foto: Jornal da Parnaíba)

O Ministro, após reunião em separado das partes, consolidou a seguinte proposta: reajuste linear de 8,17 aplicado sobre salários e benefícios retroativo ao mês de maio; reajuste de 25% do tíquete, totalizando R$ 1 mil ao mês; pagamento de dois talões de tíquetes suplementares, parcelados, um no mês de outubro e novembro, respectivamente. Além da manutenção das demais cláusulas dos acordos vigentes, nacional e especifico, com vigência até abril de 2016.

Com base na proposta apresentada, a direção da empresa tem até o dia 3 de setembro para obter do Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (DEST) autorização para consolidar o acordo nos termos firmado e informar ao TST o resultado da negociação.  Em caso de sinalização positiva, de acordo com a ata de audiência, os sindicatos têm até o próximo dia 9 para deliberar sobre a proposta.

Portanto, em função da indefinição de acordo por parte da empresa, o CNE deliberou pela apreciação da proposta até 24 horas após oficialização da mesma. O vice-presidente do TST determinou ainda a suspensão de qualquer movimento paredista até a zero hora do dia 5 de setembro, sem descontos dos dias parados no caso de celebração de acordo.

O STIU-DF lamenta a postura da Holding em se esconder da negociação e entende que a proposta construída pelo Ministro e o CNE apresenta melhorias quando comparada com a oferta da empresa na terceira rodada de negociação apenas da aplicação de 8, 17 % sobre salários e benefícios a partir de setembro. Agora depende da empresa a oficialização para apreciação dos trabalhadores e trabalhadoras em suas respectivas assembleias.

Fonte: Jornal da Parnaíba