A informação foi dada pelo presidente da empresa, José da Costa Carvalho Neto.

A estatal de energia Eletrobras decidirá até o fim de 2012 se venderá as distribuidoras do grupo, afirmou nesta segunda-feira (29) o presidente da empresa, José da Costa Carvalho Neto.

Segundo ele, a Eletrobras vai analisar o resultado do processo de renovação antecipada e condicionada de concessões do setor elétrico que venceriam entre 2015 e 2017 para rever sua estratégia.

“Vamos fazer análises sobre a redução de custos que tenhamos que fazer ou aumento de receita, e inclusive propor algum aspecto de reestruturação organizacional que pode passar também por uma reorganização societária”, disse ele, ao ser questionado sobre a possível venda das distribuidoras federalizadas.

Perguntado sobre quando a Eletrobras tomará uma decisão sobre as distribuidoras, Carvalho Neto disse que “até o fim do ano”.

Em 11 de outubro, duas fontes disseram à Reuters que a Eletrobras passou a estudar a possibilidade de vender as seis distribuidoras que fazem parte da holding estatal, diante do novo cenário para o setor elétrico criado pela renovação das concessões.

As distribuidoras, que atuam no Piauí, Rondônia, Acre, Amazonas, Alagoas e Roraima, acumulam prejuízos seguidamente e, de acordo com a própria Eletrobras, só devem ser rentáveis a partir de 2014.

Apagões

O presidente da Eletrobras afirmou ainda que a estatal vai fazer uma vistoria minuciosa nas substações do grupo espalhadas pelo Brasil que conectam linhas de transmissão de energia, após os apagões sucessivos no país.

Serão vistoriadas oito substações da Eletrobras por semana a partir do começo de novembro, num trabalho que vai se estender até fevereiro de 2013.

Para Carvalho Neto, os recentes blecautes no Brasil foram “episódicos”, embora ele tenha reconhecido que o número de ocorrências no curto intervalo não é normal.

“A estrutura do sistema (elétrico) é sólida e robusta. Aconteceram três ou quatro casos em seguida, o que não é normal, mas não tem nenhum problema sério de sobrecarga, falta de manutenção ou algo parecido”, disse o executivo.

Fonte: G1