Nesta quarta-feira, o Ministério da Educação (MEC) confirmou as datas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2020: as provas (na versão impressa) serão aplicadas nos dias 17 e 24 de janeiro de 2021. Já o Enem digital, feito em forma de projeto-piloto neste ano, será em 31 de janeiro e 7 de fevereiro do próximo ano. Os resultados estão previstos para sair até 29 de março.

 

Antes de definir essas novas datas, a pasta fez uma enquete com os candidatos, ainda na gestão de Abraham Weintraub, para saber quais datas eles queriam, mas não seguiu esse resultado.

 

Cerca de 1,1 milhão de estudantes participaram da pesquisa, o que corresponde a 19,3% dos quase 5,8 milhões de inscritos no Enem 2020. A maioria escolheu maio de 2021 para a aplicação das provas. A votação ficou assim: do total, 553.033 estudantes escolheram fazer o Enem em maio, o que representa 49,7% dos que opinaram na sondagem; outros 392.902 (35,3%) escolheram fazer em janeiro; e 167.415 (15%) optaram por dezembro deste ano.

 

Ao divulgar o resultado, no início deste mês, o MEC avisou que a escolha dos estudantes não seria o único aspecto a ser levado em consideração na definição das datas do Enem 2020. Secretários estaduais de Educação, universidades e instituições ligadas à área também seriam consultados antes da definição final, informou a pasta na época.

 

O cronograma original, mantido pela pasta até meados de maio, mesmo com o avanço do novo coronavírus pelo Brasil, era de aplicar o Enem impresso em 1° e 8 de novembro deste ano. A versão digital da prova seria feita em 11 e 18 de outubro.

 

O governo resistiu a mudanças na data do Enem por conta do novo coronavírus. Até meados de maio, quando as escolas do país já haviam fechado entre março e abril, o então ministro Abraham Weintraub defendia a manutenção do calendário, fazendo coro ao discurso do governo de minimizar os impactos da pandemia.

 

Após o avanço de projetos que adiavam o Enem no Congresso e a pressão das secretarias estaduais de Educação e da sociedade, o MEC decidiu alterar a data. Primeiro o governo afirmou que adiaria entre 30 e 60 dias. Depois, lançou a ideia da enquete com os inscritos, por ordem de Weintraub.

 

Fonte: Extra