O Ministério da Saúde ampliou a vacinação com a dose de reforço bivalente contra a Covid-19 para toda a população acima de 18 anos. Em todo o país, o ministério avalia que 97 milhões de pessoas poderão receber a vacina bivalente, aplicada desde fevereiro para grupos específicos, e cada estado deverá definir como será o esquema de vacinação.

Veja abaixo cinco pontos sobre a vacina.

  1. O QUE É A VACINA BIVALENTE?

As vacinas bivalentes são versões atualizadas dos imunizantes contra Covid contendo a cepa original de Wuhan combinada com a variante ômicron, atualmente a predominante em todo o mundo.

No Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o uso emergencial de duas formulações bivalentes da Pfizer, contendo as subvariantes BA.1 e BA.4/BA.5 da ômicron. É essa que está sendo aplicada nessa fase.

  1. POR QUE TOMAR A VACINA BIVALENTE?

A vacina atualizada oferece uma proteção maior às subvariantes da ômicron atualmente em circulação.

As vacinas monovalentes ainda continuam a ter uma alta eficácia de proteção contra hospitalização e óbitos, mas a proteção acaba diminuindo ao longo do tempo. Por isso, é importante receber os reforços, dizem os especialistas.

  1. QUAIS SÃO OS EVENTOS ADVERSOS RELACIONADOS À BIVALENTE?

As vacinas atualizadas contra a ômicron mantêm o mesmo padrão de segurança que as formas monovalentes já autorizadas e utilizadas em bilhões de pessoas em todo o mundo.

Em geral, os efeitos mais comuns são dor no local da injeção, fadiga, dor de cabeça, dores no corpo (mialgia), febre e calafrios. São eventos considerados leves e que costumam desaparecer em até 24 horas.

Outros eventos adversos muito raros e considerados moderados a severos podem incluir miocardite (inflamação do miocárdio), pericardite (inflamação do pericárdio), dores no peito, falta de ar e arritmia.

EFEITOS COLATERAIS MAIS COMUNS DAS VACINAS BIVALENTES CONTRA COVID

-Leves

-Dor no local da injeção

-Fadiga

-Dor no corpo

-Febre

-Dores nas articulações

-Moderados

-Calafrios

-Dores no peito

-Efeitos sistêmicos (em diversos locais do corpo)

-Muito raros (com necessidade de atendimento hospitalar)

-Pericardite

-Miocardite

-Arritmias

-Dificuldade para respirar

  1. EXISTE ALGUMA CONTRAINDICAÇÃO?

Não. O que existe é uma indicação do intervalo mínimo entre a última dose de qualquer reforço monovalente ou da última dose do esquema primário e o reforço com a bivalente. Ou seja: é recomendado aguardar no mínimo quatro meses entre uma dose e outra.

Também há uma limitação de idade. A Anvisa autorizou o uso da bivalente como reforço para pessoas com 12 anos ou mais. Abaixo dessa idade, o reforço deve ser com uma vacina monovalente.

  1. GRÁVIDAS PODEM TOMAR A VACINA A PARTIR DE QUANTOS MESES?

O Ministério da Saúde não preconiza uma quantidade mínima ou máxima de meses de gravidez para que as gestantes recebam a dose atualizada da vacina contra a Covid. No país, o reforço para grávidas e puérperas começou a ser aplicado no final de março.

Fonte: Folhapress