Especialistas em segurança criticam ação da PM que terminou em tiroteio em Copacabana
Pouco antes das mais de 2 milhões de pessoas assistirem ao espetáculo de fogos com a trilha sonora do inglês John Powell para a animação “Rio 2”, o som que se destacou em Copacabana foram os estampidos de armas da PM. Ao intervir numa briga de casal, um agente teve a arma roubada de sua cintura por um homem que estrangulava a mulher. A ação terminou em tiroteio, corre-corre e 12 pessoas feridas (quatro delas continuavam internadas ontem à noite).
— Essa pistola deveria estar travada. Se não estava, o policial feriu um procedimento de segurança — criticou Paulo Storani, ex-instrutor do Bope, frisando que outra possibilidade seria o homem saber utilizar a arma.
Uma das vítimas do tiroteio foi o tenente-coronel Ronal Langres Santana, comandante do 19º BPM (Copacabana). Ele foi um dos PMs que participaram da abordagem a Adilson Rufino Silva, de 34 anos, que discutia com Rosilene de Azevedo, de 37. Com a arma de um dos soldados, ele, Adilson, fez disparos em várias direções.
Para Vinícius Domingues Cavalcante, diretor da Associação Brasileira dos Profissionais de Segurança, pode ter havido falha na abordagem:
— O contato pessoal, que possibilitou o roubo, deveria ser evitado. Antes, seria necessário o uso de um cassetete, um bastão, ou mesmo spray de pimenta.
Renato Resse, de 15 anos, que trabalhava na praia, foi atingido no ombro:
— Agachei e senti meu ombro queimar. Tive muito medo, eu poderia morrer.
Uma das feridas no tiroteio, a supervisora de telemarketing Lucy Silva afirmou que os PMs foram imprudentes. O amigo, que se identificou apenas como Alexandre, concordou.
— Vi um PM fazer sete disparos em direção a uma lanchonete lotada — criticou.
Fonte: Extraonline