Superação. Palavra que define o trabalho de centenas de pessoas que se empenham há quase 20 anos para a realização do espetáculo “Um homem chamado Jesus”, em Parnaíba. A encenação aconteceu nesta Sexta-feira Santa (29/03) ao lado da igreja de São Sebastião. Este ano, o espetáculo de mais de uma hora, dirigido por Jesum Messias, trouxe um elenco de 120 pessoas entre atores convidados e figurantes que emocionaram milhares de expectadores.
O texto de Juarez Fontenele, combinado com os cenários, o figurino, o áudio, e claro, a interpretação dos atores, fez com que o público revivesse os principais momentos da trajetória de Jesus, seu sofrimento, sua morte e ressurreição, que foi encenada em cinco palcos.
“É uma emoção muito grande representar Jesus pelo exemplo de vida que ele deixou para a humanidade”, diz James Soares que encena o papel principal da Paixão de Cristo pela 4ª vez.
Para Carol Porto, representar Maria é uma responsabilidade muito Grande. “Ser Maria é representar todas as mães, reviver o que ela sentiu naquele momento pesa bastante”, diz Carol Porto, momentos antes de encenar a mãe de Jesus pela segunda vez.
Umas das cenas mais emocionantes do espetáculo foi a que Maria recebeu em seus braços, o filho crucificado e morto. O texto de Juarez Fontenele trouxe uma reflexão comparando o sofrimento de Maria, naquele momento, com o sofrimento de todas as mães ao perderem seus filhos para a criminalidade. Mães que têm filhos desaparecidos etc.
Este ano a Paixão de Cristo inovou no texto, deixando-o mais compreensível. Trouxe um maior número de cenas e para finalizar o espetáculo, surpreendeu o público, com a ressurreição, avistada do alto e de longe, pelos expectadores. A cena veio acompanhada de uma mensagem de vida nova. “Aqueles que se sentiram tocados nesta noite, procurem ser pessoas melhores”, disse James, encenando Jesus.
Este ano a ASCAP ( Associação Sócio Cultural Amigos Perseverantes) junto com o grupo PES (Perseverantes do Espirito Santo) assumiu a coordenação do espetáculo com apoio de grupos religiosos, comunidade, parceria de empresários e instituições públicas. Segundo a coordenação do evento, este apoio ainda é tímido, o que dificulta a realização de um evento desse porte.
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