Em uma mudança em relação à regra que vigorou em 2018, Facebook e Instagram vão tirar do ar qualquer conteúdo impulsionado relacionado à campanha eleitoral que não tenha o selo que identifica este tipo de publicação como paga ou propaganda eleitoral. Na eleição anterior, a exigência era obrigatória apenas para os candidatos.

 

Os conteúdos que não cumprirem o requisito ficarão inativos nas redes até que a situação seja regularizada. Conteúdos jornalísticos ficarão fora da regra. O Facebook e o Instagram terão uma lista com os veículos que seguem determinados critérios estabelecidos pela empresa, que terão o impulsionamento de seus links por outros usuários liberados. O início da propaganda na televisão, rádio e internet, de acordo com o novo calendário eleitoral, está marcado para 27 de setembro. A regra também é para qualquer conteúdo político e ficará valendo permanentemente.

 

Os interessados em impulsionar conteúdos durante a campanha eleitoral terão que fazer um cadastro, que foi disponibilizado pelo Facebook na quarta-feira. Será necessário uma confirmação de identidade, como comprovante de residência nacional e um documento de identificação.

 

Já no WhatsApp, os disparos em massa, realizados de maneira expressiva na campanha de 2018 e investigados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), devem ocorrer de maneira mais pontual. A tendência é que o aumento do controle imposto pela plataforma reduza a prática, segundo o economista Maurício Moura, fundador do Ideia Big Data.

 

— O WhatsApp está mais restritivo, e as pessoas estão mais informadas sobre privacidade. É uma questão legal, tecnológica e de reputação. A privacidade virou um tema mais relevante. Em 2020, vai ser muito difícil o disparo em massa, mas não impossível. Vai se beneficiar quem conseguir estruturar essa rede antes da eleição, porque no período de campanha é muito curto. Vai ser o trabalho de compartilhar o conteúdo um por um, de conhecido para conhecido.

 

Fonte: O Globo