O presidente Michel Temer assinou nesta quarta-feira, 26, decreto que prorroga até 31 de dezembro de 2018 o prazo para saques de contas inativas do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS) apenas para casos de “comprovada impossibilidade de comparecimento pessoal do titular” à Caixa Econômica Federal. Pelo decreto assinado anteriormente, nesta segunda-feira, dia 31 de julho, se encerrava o prazo de saque destas contas.
Segundo fontes do Planalto, a medida irá beneficiar, por exemplo, pessoas com enfermidade grave que não poderiam ir à Caixa Econômica até 31 de julho e até quem esteve preso no período em que poderia retirar os seus recursos.
O governo usou o dinheiro do FGTS não só para tentar alavancar a economia, como até para tentar melhoria da sua popularidade.
Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o saque de contas inativas do FGTS ajudou a incentivar as compras dos brasileiros em julho. A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) cresceu 0,2% em julho ante junho, para 77,3 pontos. Em relação a julho do ano passado, houve um aumento de 12,5%.
Apesar de muitos brasileiros terem usado o dinheiro para quitar dívidas, fazer compras ou até uma poupança, a medida não trouxe nenhum ganho à popularidade do presidente Temer, que foi abatido pela delação premiada do dono da JBS, Joesley Batista.
De acordo com dados da Caixa Econômica Federal, 25 milhões de trabalhadores já sacaram o benefício até o momento, totalizando R$ 42 bilhões. Eles representam 84% do contingente total de pessoas que tinham direito ao saque da conta inativa do FGTS.
Fonte: Estadão