Motivo para serem otimistas é o que não falta aos rubro-negros. Empurrada pela torcida, a equipe vem sobrando no novo Maracanã, local do jogo decisivo de hoje, onde coleciona números positivos. Em 13 jogos, foram nove vitórias, dois empates e apenas duas derrotas. Um aproveitamento de 74,36% dos pontos disputados — melhor, por exemplo, do que o do Cruzeiro no Brasileiro.

— Em alguns momentos do jogo, mesmo estando difícil, ela (a torcida) empurra. Os jogadores sentem isso. Não dá para descrever, só para sentir — elogiou o zagueiro Wallace.

Mas é bom os jogadores abrirem os olhos. Se o novo Maracanã é sinônimo de alegrias, o velho já foi palco de uma das maiores zebras da história do clube. Em 2004, os rubro-negros já davam o título da Copa do Brasil como certo quando o Santo André, de Péricles Chamusca, aprontou e ficou com a taça, calando 73 mil torcedores.

Vasco: colecionador de vexames

No entanto, passar vexame na competição não é privilégio do Flamengo. O Vasco, aliás, é o campeão neste quesito. Em 1992, o time, que contava com Edmundo e Roberto Dinemite, caiu logo na primeira fase para o CSA-AL. Em 2004, novo mico: uma eliminação surpreendente na segunda fase do torneio para o XV de Novembro, de Campo Bom-RS, de Mano Menezkes. E não parou aí: apenas um ano depois, o time foi eliminado pelo Baraúnas com um 3 a 0 em pleno São Januário, com direito a gol do veteraníssimo Cícero Ramalho, com 40 anos.

Fluminense: tropeços na estreia e na final

No mesmo ano, os tricolores repetiram o feito do Flamengo em 2004 e perderam a final para o Paulista, de Vagner Mancini. Foi o segundo vexame tricolor na competição. Eles já haviam sido eliminados pelo Linhares, na primeira fase, em 1994.

Botafogo: surpreendido na hora H

Assim como ocorreu com rubro-negros e tricolores, os alvinegros também foram surpreendidos em plena final. Em 1999, ficaram no 0 a 0 com o Juventude em pleno Maracanã e viram o título parar em Caxias do Sul.

Diante de tantos casos, os vascaínos poderiam ter aprendido a lição. Mas voltaram a viver nova tragédia. Em 2007, quando todos esperavam pelo milésimo gol de Romário, o Gama-DF venceu em São Januário e ficou com a vaga, jogando água no chope do Baixinho. As lições estão aí.

Fonte: Extra