Campeã olímpica e, habitualmente, torcedora das mais fervorosas. Titular da seleção brasileira de judô, Sarah Menezes vai viver os jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá, de um ângulo bem diferente. A judoca da categoria até 48kg foi poupada do torneio para se dedicar ao Mundial de Astana, previsto para agosto no Cazaquistão. Os votos de confiança depositados em Nathália Brígida, sua substituta no torneio continental, sinalizam a previsível passagem de bastão verde-amarelo nos ligeiros aguardada para depois das Olimpíadas do Rio 2016.
– Vai ser menos nervoso porque não vou estar lá para competir. Teoricamente é mais fácil, mas você fica tenso porque você torce pela equipe. Fico feliz de estar vibrando por eles e tenho certeza que o Brasil vai ter um excelente resultado. Confio muito na Nathália. Ela é uma menina muito dedicada e esforçada. Acredito que ela tem potencial de ter um excelente resultado na nossa categoria no Pan. Vai depender da cabeça dela no momento da competição e da maneira como ela vai encarar cada adversária. Se ela lutar tranquila, pode ter um bom resultado – aposta Sarah.
Apesar do Pan não contar pontos para o ranking internacional, a Confederação Brasileira de Judô viu no torneio a chance de dar quilometragem a Nathália, que ocupa a 27ª posição no mundo, com 676 pontos. Ex-líder da categoria, Sarah está em terceiro com 1.777 pontos, atrás da argentina Paula Pareto, com 2.285 pontos, e da mongol Urantsetseg Munkhbat, com 3.378 pontos.
– No momento, se você for olhar, ela está em primeiro no ranking do Brasil entre as demais atletas, mas estão surgindo novos nomes. Vai depender do desenvolvimento de cada uma. As meninas são bastante jovens e estão disputando campeonatos inferiores aos da Nathália. Elas não estão disputando competições grandes no sênior, e sim na equipe de base. É com o tempo. Cada uma vai ter seu momento e, hoje, Nathália está bem à frente – reforçou Sarah Menezes.
Há meses dividindo o mesmo centímetro de tatame nos treinos da Seleção, Sarah e Nathália têm ainda pela frente a disputa conjunta do Mundial de Astana. Isso porque a CBJ tem a opção de convocar dois nomes em categorias pontuais. No feminino, Nathália Brígida (-48kg) acompanha Sarah Menezes, e Rochele Nunes (+78kg) ladeia Suelen Altheman no pesado. No masculino, a única dobra é a de Eric Takabatake (-60kg) junto de Felipe Kitadai.
Fonte: Globo Esporte Piauí