Saúde terá ampliação nas ações para enfrentamento das doenças negligenciadas, crônicas e traumas.
Com a finalidade de reduzir as “doenças negligenciadas” no Piauí, o governador Wellington Dias se reuniu, nesta terça-feira (14), com os secretários da Saúde, Francisco Costa, e do Governo, Merlong Solano, para traçar ações a fim de reduzir a incidência de casos destas enfermidades. Tais ações fazem parte das metas para saúde estabelecidas na proposta de investimento com recursos oriundos do empréstimo junto ao Banco Mundial.
As “doenças negligenciadas” são provocadas por agentes infecciosos ou parasitas e consideradas endêmicas em populações de baixa renda. Entre as moléstias estão a hanseníase, a esquistossomose, o tracoma e a helmintíase. “Fizemos a discussão com o governador sobre o que está pactuado com o Banco Mundial para a implantação de melhorias na saúde pública do estado do Piauí. Nelas, temos ações para as chamadas doenças negligenciadas com foco para a melhoria de resposta no estado na atenção à hanseníase, tuberculose, leishmaniose, Helmintíase e doença de chagas”, afirma o secretário Francisco Costa.
“Nós acertamos aqui hoje um fortalecimento da rede de atendimento no estado”, informa o governador Wellington Dias.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças negligenciadas tropicais atingem mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo.
Doenças crônicas
Outro ponto abordado na reunião desta terça-feira (14) são as “doenças crônicas”, com um foco maior no câncer, na hipertensão e no diabetes. A estratégia de ação do Governo do Estado é a criação de centros de especialidades para o atendimento na média complexidade dos pacientes acometidos de tais males.
De acordo com o governador Wellington Dias, o plano de ação será atuar em duas frentes, sendo uma com unidades de saúde fixas, como os centros de especialidades e em outra uma móvel, capaz de se deslocar pelo estado em uma carreta. “Teremos um fortalecimento na rede de atendimento ao câncer, temos uma parte que é fixa, em Parnaíba, em Teresina, com uma perspectiva de chegar a Picos e, provavelmente, a Floriano e a Bom Jesus mais a frente, e do outro ter esse atendimento, a exemplo do Olhar Bem, na área da oftalmologia, com um atendimento descentralizado com um mamógrafo que pode se deslocar para outras regiões. Ir prestar através de uma carreta do Amigo do Peito, como é chamado esse programa, poder cuidar da mulher, dos homens que queiram fazer exames e realizar a prevenção ao câncer”, afirmou o chefe do executivo estadual.
Segundo o secretário de Estado da Saúde, Francisco Costa, esses centros devem atender aos municípios de Bom Jesus, Floriano, Parnaíba, Picos e São Raimundo Nonato. “O objetivo é levar profissionais especializados e equipamentos para que assim possamos ter um controle melhor desses pacientes evitando a hospitalização e as complicações como o acidente vascular cerebral e o infarto agudo do miocárdio”, informou o secretário da saúde.
As “doenças crônicas não transmissíveis”, tais como o câncer, a hipertensão e a diabetes, são doenças causadas por vários fatores que se desenvolvem no decorrer da vida e são de longa duração. Atualmente, são consideradas um sério problema de saúde pública e responsáveis por 63% das mortes no mundo, segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Outros projetos
Na pauta desta terça, o governador Wellington Dias tratou também das ações atualmente desenvolvidas pela Secretaria de Estado da Saúde. Entre eles, os programas Olhar Bem e Passo a Frente como também novas ações no Piauí.
“Discutimos os dois projetos importantes que o governador quer que se difunda pelo o nosso estado”, informou o secretário da saúde, Francisco Costa.
Além dos dois programas, a meta é propiciar aos piauienses mais um atendimento, voltado para a redução do tempo de espera dos pacientes que precisam de um atendimento ou uma cirurgia ortopédica.
A ideia é criar um mutirão de atendimento que vai percorrer vários municípios no estado, e essa ação, ser casada com outros programas como o Passo a Frente que oferece uma oficina de próteses e órteses ortopédicas. “Nós temos muitos pacientes na fila de espera no interior e na capital e então vamos formatar uma proposta para que em um curto intervalo de tempo a gente possa reduzir e melhorar o fluxo desse atendimento dos pacientes do trauma”, afirma o secretário da saúde.
De acordo com o governador Wellington Dias, a estratégia inclui um plano ampliado na área do traumatismo e da ortopedia. “Nós temos uma demanda a ser contemplada com pessoas que fazem uma cirurgia e têm dificuldades para um retorno, para pessoas que precisam de uma estabilização porque quebrou uma perna, quebrou um braço, e precisa de uma cirurgia, mas fica muitas vezes um tempo inadequado aguardando e o que queremos é dar maior agilidade nesse atendimento”, ressaltou Dias.
Fonte: Ccom