Simplício Dias da Silva e José Francisco de Miranda Osório dois grandes administradores da Parnaíba. Gravura do Museu do Piauí e imagem do livro de Maria Luiza Mota de Menezes

Simplício Dias da Silva e José Francisco de Miranda Osório dois grandes administradores da Parnaíba. Gravura do Museu do Piauí e imagem do livro de Maria Luiza Mota de Menezes
 Simplício Dias da Silva e José Francisco de Miranda Osório dois grandes administradores da Parnaíba. Gravura do Museu do Piauí e imagem do livro de Maria Luiza Mota de Menezes

Simplício Dias da Silva e José Francisco de Miranda Osório dois grandes administradores da Parnaíba. Gravura do Museu do Piauí e imagem do livro de Maria Luiza Mota de Menezes

Parnaíba desde o seu começo, em 1711, contou com a competência de grandes governantes no comando das ações em prol de seu desenvolvimento. Já no início do século XVIII, quando Parnaíba era apenas um pequeno núcleo chamado Arraial Novo, este contou com a inteligência do coronel Pedro Barbosa Leal, e de seu geral administrador o capitão-mor João Gomes do Rego Barros.

Leal era sertanista da Casa da Torre da Bahia, fundador de muitas cidades no Nordeste, instalou oficinas de charque e couros, além de salinas, que deram os primeiros avanços para criação da vila de N S de Monserrathe da Parnaíba, no litoral do Piauí; João Gomes era pernambucano, filho do Barão de Ipojuca – João do Rego Barros, veio comandar os negócios de Leal e enfrentou a revolta dos índios capitaneada por Mandu Ladino, em 1713. João Gomes casou-se em primeira núpcias com Ana Castelo Branco de Mesquita, e depois com Maria do Monserrathe Castelo Branco, ambas filhas do português Dom Francisco da Cunha Castelo Branco.

Já como vila de N S de Monserrathe, Parnaíba recebeu a administração do sargento-mor Manuel Peres Ribeiro, que lutou para que os índios não colocassem em decadência o florescente povoado. Nele, em 1762, se fez instalar a vila de São João da Parnaíba, onde a Câmara Municipal decretou lei determinando que cada barco que atracasse no Porto das Barcas pagasse de imposto 14 mil réis, recursos que ajudaram na sua urbanização. Neste período, Parnaíba recebeu a administração de grandes homens como João Paulo Diniz, Domingos Dias da Silva, e o seu filho Simplício Dias da Silva chamado de governador da Parnaíba, pois mandava varrer as ruas de areia da vila.

Simplício Dias da Silva estudou em Coimbra, Portugal, visitou a França, Inglaterra e Itália, e trouxe para a Parnaíba novos ares que a fizeram proclamar o primeiro grito de Independência no Norte do Brasil. Além de Simplício Dias da Silva, estavam na luta pelo Brasil: João Cândido de Deus e Silva, Leonardo de Carvalho Castelo Branco e José Francisco de Miranda Osório, coadjuvados pela Câmara Municipal. Este foi o primeiro a ter o título de prefeito da Parnaíba, de acordo com a Lei de 1838.

José Francisco de Miranda Osório depois das lutas pela Independência do Brasil e da República da Confederação do Equador, comandou as ações contra a Revolta da Balaiada. Foi um grande militar e político, chegando ao governo da província do Piauí. A grandeza da vila de São João contribuiu para que, em 1844, esta fosse elevada à categoria de cidade. Parnaíba seguiu rumo ao século XX, sempre contando com a dedicação e zelo de seus filhos, como realça o seu hino, na letra de R. Petit: Do nosso esforço / Vem a surgir / A glória excelsa / Em teu porvir.