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Na tarde desta sexta-feira (31), os professores da Universidade Federal do Piauí (Ufpi), reunidos em assembleia geral, deliberaram pela continuidade da greve da categoria. O resultado vai ser somado aos das demais universidades do país e será apresentado pelos representantes dos docentes, na reunião de negociação desta quarta-feira (05), às 19h, com representantes dos ministérios do Planejamento e da Educação. Até o momento nenhuma das 52 universidades decidiu suspender a paralisação.

Durante a assembleia, os docentes exigiram dignidade e respeito aos direitos dos trabalhadores da educação tanto por parte do governo como da reitoria da UFPI. Os docentes querem a retomada das negociações dialogando diretamente com a pauta do ANDES-SN.

A disposição dos docentes é manter a greve e prosseguir com as negociações sobre a concepção de carreira e os princípios de valorização profissional na universidade pública. Junto ao resultado, seguiram sugestões a serem levadas para aos ministérios do Planejamento e Educação, além de encaminhamentos para fortalecer o movimento grevista.

Segundo o presidente da Adufpi, Mário Ângelo, a tendência é que a paralisação se estenda para além do dia 31 de agosto.

“A greve se encontra forte, oferecendo condições para que superemos o limite do dia 31 de agosto e foquemos o Legislativo como novo campo de negociações. Desse modo, propomos ao Comando Nacional de Greve que encaminhe aos parlamentares um acordo que garanta os pontos mais importantes de nossa carreira docente, construindo, assim, condições para estabelecermos, posteriormente, o final de nossa greve”, destacou Mário Ângelo.

Para os docentes, o governo ignora as principais reivindicações da categoria:

“Mais que a busca por melhores salários, os professores lutam pela reestruturação da carreira, além da melhoria nas condições de trabalho e ensino. Acontece que o governo não tem levado em conta a proposta da categoria e ainda tem contribuído para confundir a sociedade apresentando números absolutos. Em vez de apresentar uma proposta que reestruture direitos conceituados, o governo apresenta valores nominais e omite a corrosão inflacionária”, finalizou o presidente da Adufpi.

Fonte: Ascom