HIDROGÊNIO VERDE E AMARELO

 

Vitor de Athayde Couto

Li nas redes sociais: “250 bilhões de dólares! Maior projeto de hidrogênio verde do mundo!”. Pergunto: seria de algum mundo paralelo, sem a China?

Do tamanho do PIB do Piauí, o “projeto” impressiona. O nome complexo da declarante, Ursula von der Leyen, impressiona mais ainda. Seria ela alguma deusa poderosa da mitologia nórdica? Deusa, eu sei que essa senhora não é, mas, corrupta, posso checar, recorrendo a jornalistas profissionais.

Pepe Escobar é um célebre analista internacional. É brasileiro, mas não mora no Brasil. Como todo analista geopolítico, não tem paradeiro fixo. Jornalista investigativo independente, escritor, poliglota, ele circula muito. Ao circular, tem lugar de fala. E seu lugar de fala é o mundo, sem excluir nenhum país, seja por conveniência econômica, política ou ideológica.

O mínimo que Escobar disse sobre Ursula, foi: “Corrupta, mentirosa, russófoba, incompetente e arrogante. Serão mais cinco anos dessa excrescência no comando da Comissão Europeia. A russofobia continuará em Bruxelas, porque Ursula é a extensão da administração da Casa Branca e do Partido Democrata que está no poder no momento. Ela é apenas uma cumpridora de ordens. Ela está minando a Comissão Europeia por dentro. As ordens não vêm de Paris, de Londres, de Roma. As ordens vêm de Bruxelas e vão para Paris, Londres, Roma, Varsóvia e os chihuahuas do Báltico. Essa demência russófoba continua, porque a Comissão Europeia é como se fosse o departamento de relações públicas da OTAN. As ordens vêm de Washington, via Pentágono, CIA, Casa Branca, Departamento de Estado, Conselho de Segurança Nacional, Complexo Industrial Militar, think tanks etc., direto para Bruxelas. A Comissão Europeia distribui as ordens, cumprindo assim a demência da OTAN.”

Fiquei tão impressionado com essa afirmação, que fui checar no Google, e perguntei: “Ursula von der Leyen é corrupta?”

Li que ela ainda não foi acusada nem julgada. As primeiras notícias dão conta de três denúncias oferecidas à procuradoria europeia por um empresário da Pfizer e pelos governos da Hungria e Polônia. As denúncias, ora investigadas, referem-se à compra de vacinas contra a covid. O caso recebeu o nome de Pfizergate. Mas nada disso impediu a renovação do seu mandato.

Nas páginas seguintes do site de busca aparecem referências a outro jornalista brasileiro, Wellington Calasans. Diretamente da Suécia, onde reside e trabalha, ele afirmou: “Ursula von der Leyen é uma das piores pessoas que a espécie humana já produziu. Uma mulher indigna, corrupta, insensível, desumana e capaz de fazer qualquer coisa para se manter no poder.”

Não sei se foi por Ursula von der Leyen ter um nome complexo, ou se foi por causa do nosso complexo de vira-latas que o seu nome viralizou na mídia local, através da sua declaração: “A União Europeia tem 250 bilhões de dólares para investir no maior projeto de hidrogênio verde do mundo.” Tem mesmo?

Enquanto isso, Zelensky continua pedindo mais armas a uma Europa falida, carente de energia verde, que mais uma vez amarelou, como Napoleão e Hitler amarelaram na Rússia. Deusa antiga de rara beleza, Europa foi estuprada na adolescência por um touro mitológico infiel e traidor. Hoje, cansada de tantas guerras, recebe ordens de um império decadente, incapaz de honrar a dívida fabulosa de 35 trilhões de dólares americanos, moeda de alto risco.

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