Instituto de Assistência dos Servidores do Piauí (Iaspi) (Foto:Francisco Gilásio)
Instituto de Assistência dos Servidores do Piauí (Iaspi) (Foto:Francisco Gilásio)

Os dois podem custar menos de 30% do valor cobrado por serviços de planos da iniciativa privada.

O servidor público do Estado do Piauí tem acesso à saúde suplementar pagando muito pouco se comparado a planos de saúde privados disponíveis no mercado. Dados levantados por meio do Conselho Nacional de Entidades de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos (Conesp) ainda figuram os planos públicos piauienses como um dos mais acessíveis do Brasil em relação custo/benefício. Os planos podem custar menos de 30% do valor cobrado por serviços de planos da iniciativa privada.

A diretora-geral do Instituto de Assistência dos Servidores do Piauí (Iaspi), Daniele Aita, faz análise sobre os valores da cobertura dos planos suplementares piauienses com os de outros estados. “Estivemos comparando com o valor de contribuição pelos demais servidores nos outros estados. O Piauí é um dos locais mais baratos em proporções. Fizemos o comparativo do valor médio de arrecadação no instituto em relação ao valor médio de mercado de outro plano de saúde. Em Goiás, por exemplo, o valor médio de contribuição do servidor que tem o Ipasgo (plano de saúde estadual) paga 70% a 80% do valor que ele pagaria em um plano particular, por faixa etária. Os servidores de Goiás reconhecem o benefício, já que ainda assim é 20 a 30% menor que o valor do outro, tendo uma rede credenciada, quase semelhante à nossa. Aqui no Piauí, essa proporção é bem menor, cerca de 20% a 30% do valor de mercado, se compararmos com um plano privado”, explica a diretora.

Ainda de acordo com o Instituto de Assistência dos Servidores do Piauí, a grande vantagem dos usuários dos planos públicos Iaspi Saúde e Plano Médico de Assistência e Tratamento (Plamta) é ter a mesma rede credenciada, o mesmo padrão de hotelaria e a mesma rede médica de atendimento da maioria dos planos privativos.

Desde 2015, o Plamta incorporou novos serviços de cobertura como o atendimento domiciliar, com assistência domiciliar e a oportunidade de reabilitação de dependentes químicos em clínicas especializadas. Um outro serviço que também passou a ser ofertado pelo plano foram as cirurgias por videolaparoscopia e alguns materiais  de tecnologia mais avançada.

Para o Iaspi Saúde, foi incorporado o serviço de urgência, que antes só era possível via planos particulares. “O servidor que tinha acesso aos dois planos, o Iapep Saúde e o Plamta, se precisasse de algum atendimento de urgência, algum pronto atendimento, que muitas vezes nem requer internação, ele teria que pagar integralmente particular ou procurar a rede pública”, informa a diretora do Iaspi.

Reajuste

Desde maio deste ano, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a agência reguladora de planos de saúde do Brasil vinculada ao Ministério da Saúde, recomenda o reajuste de 13,57% na contribuição. Para a Assistência à Saúde do Servidor do Piauí, esse reajuste não ocorreu no primeiro semestre. “Nós entendemos que, como o último aumento do plano havia sido em novembro de 2015, seria prudente aguardar o segundo semestre para implementar o aumento”, explica a diretora-geral do Iaspi.

Como esperado, o aumento no valor da contribuição paga pelos beneficiários do Plamta em 13,57% para titulares e dependentes diretos ocorreu neste semestre. Os percentuais passaram a ser adotados no dia 1º de novembro, data da resolução do Conselho do Iaspi, publicada no Diário Oficial do último dia 7. Para quem é beneficiário indireto, o reajuste foi de 15%.

De acordo com a direção-geral do Iaspi, o mesmo aumento que sofreram os planos de saúde privado foi adotado pelo Plamta, em contrapartida ao déficit no plano que esteve na margem de 15 a 20%, resultado, segundo avaliação feita pelo instituto, do próprio crescimento vegetativo do plano, do envelhecimento da população, da incorporação de novos serviços e tecnologias, e pela a própria inflação na saúde que em 2015 chegou a 19%.

“Nós entendemos que esse incremento de 15% está dentro do esperado. Tomamos medidas duras para conter os gastos, mas o próprio crescimento do plano já demanda um incremento de receita mais ou menos nessa margem”, explica a médica Daniele Aita.

Ainda, segundo levantamento do Iaspi, se levada em conta as despesas do plano, a necessidade de ajuste é ainda maior, no entanto, pôde ser contida diante do período de recessão econômica.

“Entendemos e reconhecemos que é uma medida dura, mas percebemos que é melhor garantirmos o equilíbrio agora para evitarmos, no próximo ano, acumular dois aumentos para um ano só. Seria um aumento muito mais difícil de ser incorporado pelo servidor. É um momento difícil de entender, de aceitar aumento, mas implementamos o mínimo necessário para atingirmos o equilíbrio financeiro, entre arrecadação e despesas. Sabemos da importância que o Plamta tem para todos o estado do Piauí, para os seus usuários e a rede credenciada. E foi pensando em cuidar e garantir a sua existência que foi apresentada proposta, discutida  e aprovada pelo Conselho Fiscal do Iaspi”, destaca a direção-geral do instituto de assistência.

Daniele ainda destaca que não houve aumento nem de incremento em coparticipação no Iaspi Saúde e que não há coparticipação em nenhum serviço do Plamta, apenas no Iaspi, por ser vinculado ao vencimento líquido do servidor e de contribuição familiar. O instituto ainda lembra que, mesmo com o aumento nacional das taxas dos planos de saúde, o Plamta do Piauí é um dos mais baratos do país em relação ao custo e cobertura.

“Estamos também adotando outras medidas no sentido de fortalecer administrativamente o Iaspi, gerenciando melhor a nossa carteira, conhecendo melhor os nossos usuários, atualizando os dados cadastrais”, conclui Daniele Aita. 

Fonte: Ccom