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O Instituto Chico Mendes para Conservação da Biodiversidade – ICMBio está programando uma série de atividades a serem desenvolvidas com a cadeia produtiva do caranguejo-uçá, visando a implementação das novas normas para o transporte do caranguejo a entrarem em vigor a partir de janeiro de 2014.

A região do Delta do Rio Parnaíba é considerada hoje a maior área produtora de caranguejo-uçá do nordeste do Brasil. Essa região é compreendida pela Reserva Extrativista Marinha Delta do Parnaíba e está localizada dentro da Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba, unidades de conservação administrada pelo ICMBio.

Hoje, da forma como transportam os caranguejos cerca de 40 a 60% morrem antes do consumo. O transporte e o armazenamento dos caranguejos antes de sua entrega aos distribuidores ocorrem de maneira que os mesmos são amarrados uns aos outros, aglomerados e expostos ao sol e ao vento, o que ocasiona morte pelo ressecamento das brânquias. Não tem ambiente que suporte um desperdício desse.

“As perdas elevadas de caranguejos estão associadas aos métodos inadequados de captura, manuseio e armazenamento dos animais pelos catadores; ao manuseio incorreto dos animais pelos comerciantes e distribuidores; às estruturas inadequadas de transporte marítimo e rodoviário; e à ausência de regulamentação e fiscalização para o transporte” afirmou Fernando Gomes, técnico do ICMBio.

Uma pesquisa da Embrapa Meio-Norte conseguiu identificar as causas das mortes dos caranguejos, e desenvolveu alternativas que podem fazer cair as perdas para taxas de 0% a 5% durante todo o processo.

Tais estudos subsidiaram o Ministério da Pesca e Aquicultura a publicar a IN Nº 09, de 02 de julho de 2013, que dispõe sobre normas e padrões para o transporte do caranguejo-uçá, nos estados do Pará, Maranhão, Piauí e Ceará.

Fonte: Ascom