O padre Marcelino Elias de Macedo, vigário-geral da Diocese de Parnaíba, foi o entrevistado da edição desta quinta-feira (07) do Jornal da Costa Norte. A conversa se deu em torno da Campanha da Fraternidade 2019, que foi lançada nesta quarta-feira de cinzas pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB. O tema deste ano é “Fraternidade e Políticas Públicas” e o lema “Serás libertado pelo Direito e pela Justiça” (Isaías 1:27).

“A Igreja Católica, neste tempo da quaresma, convida toda a comunidade para uma reflexão interior daquilo que estamos vivenciando no estado, no município e no país da forma como são implementadas as políticas públicas, onde as pessoas são diretamente beneficiadas. É um chamado para que façamos uma reflexão ativa e proativa dos direitos e deveres de cada um”, explicou o padre Marcelino.

Para atingir a finalidade da Campanha da Fraternidade, o vigário-geral ressalta a necessidade de que haja um cuidado para que não sejam confundidas as políticas públicas com a política partidária. “São ações em que a comunidade é reunida para discutir aquilo que afeta a vida do povo. É um momento favorável e de conversão para nos debruçarmos sobre essas necessidade da população”, completou.

Sobre a vivência do período da quaresma pelos cristãos, o padre deixou sua orientação: “Primeiro devemos lembrar da oração, ou seja, intensificar nossa intimidade como o Senhor e assim intensificar também nossa intimidade com o próximo. A segunda coisa é a caridade. Ajudar a quem não tem nada, não só com questões financeiras mas com palavras e atitudes para que o outro possa ser escutado”.

Antes de finalizar, o padre Marcelino Macedo lembra que o jejum de carnes, sobretudo às sextas-feiras, segue sendo uma recomendação da Igreja. Todavia, é necessário um pouco mais. “Aquilo que você deixar de comer em carne você calcula para estar ajudando alguém com a mesma intensidade. Tem o jejum do celular, quando você deixa de usar o telefone para estar dando mais atenção as pessoas. É necessário que orientemos as pessoas com palavras dóceis, para construir relações e não sejamos pessoas que separamos”, finalizou.