Nesta sexta-feira (10), o ex-senador João Vicente Claudino concedeu uma entrevista exclusiva para o jornalista Amadeu Campos na qual confirmou que deve ser candidato ao Governo do Piauí em 2018, além de ter falado sobre diversos outros temas relacionados à política regional e nacional.
João Vicente Claudino irá retorna ao PTB em março de 2018 em um grande evento com a presença das principais lideranças nacionais da sigla, com adesões e novas filiações na capital.
Confira todos os pontos comentados pelo ex-senador durante a entrevista, que foi ao ar no quadro Jogo do Poder, do Jornal Agora.
Candidatura ao governo em 2018
“Eu confesso que sei que o meu perfil é mais do Executivo, mas quando você se insere em um quadro político eleitoral você tem que avaliar tudo, eu tenho uma experiência de Senado que acho que foi enriquecedora, fiz muito pelo Piauí, queria ter feito até muito mais. Eu estive essa semana em Brasília ainda conseguindo liberar recursos da época em que fui senador”, afirmou.
Possibilidade de ser candidato a vice-governador
“Eu tenho dito que vice-governador não faz muito o meu perfil, porque acho que seria muito inquieto, não aceitaria determinadas situações, nem conivência com determinados atos. Então, acho que eu seria um vice-governador muito contestador, então não faz muito o meu perfil”, disse.
Análise da gestão do governador Wellington Dias
“Eu tenho dito que o governo dele tem administrado politicamente. Quando falo politicamente, é a gestão política, principalmente orçamentária porque é aquilo que transforma a vida das cidades, o destino das pessoas que vive em cada município do Piauí que precisa de uma gestão de estado que seja parceira efetiva de ações importantes. Nós temos municípios do Piauí que existem cinco órgãos do governo realizando o mesmo tipo de obra, que é calçamento. Isso porque são órgãos ligados a políticos estaduais que vão lá e prometem uma obra para atender a liderança dele, o outro vai, outro promete e isso não faz parte de um plano estadual, que fosse um plano estadual de urbanização das cidades”, criticou.
Ptbistas na base do governo
“Eu participei da campanha de eleição do governador Wellington Dias, votamos no governador e trabalhamos, acreditando principalmente na experiência política dele. Então, todos os secretários, são leais ao governo na contribuição com o seu trabalho. No momento eleitoral há um divisor de águas, o próximo momento das eleições é abril de 2018, quando há um processo de descompatibilização, que a partir dai se vivencia o momento de 2018”, explico o ex-senador.
Principais aliados em 2018
“O PSDB acho que é natural, até dentro de um processo nacional, estar no lado antagônico ao PT. O Dr. Pessoa seria um excelente candidato a vice-governador, é uma pessoa extremamente valorosa, teve um desempenho na campanha de Teresina, é uma pessoa simples, que construiu com muito esforço a sua profissão e depois entrou na política e tem desempenhado um bom papel”, afirmou.
“O PP foi um importante aliado e eu sou muito grato a 2010. O partido tem situações a serem discutidas, porque faz parte do governo. O senador Ciro Nogueira tem repetido o compromisso com o governador, mas, de certo modo, ainda há contratempos. Ninguém sabe que sequelas deixam esses desencontros”, completou.
Análise dos candidatos à Presidência da República
Jair Bolsonaro – Ele destoa um pouco do meu pensamento, um pouco não, acho que bem muito. Mas, tem angariado uma simpatia muito grande.
Geraldo Alckmim – Acho um gestor equilibrado e tem mostrado isso até pelo seu desempenho político no estado de São Paulo.
João Dória – Ele conseguiu um momento de mídia muito forte. Ele sabe trabalhar muito bem, não consigo avaliar ainda a gestão frente à Prefeitura de São Paulo, mas ele conseguiu uma ascensão meteórica. Não sei o desempenho dele em ser mais conhecido, principalmente, em nossa região.
Henrique Meireles – Um bom técnico. Não sei se consegue o governo do presidente Temer fazê-lo candidato e ser compreendido pela população, pelo momento do presidente.
Lula – Um candidato muito forte. Principalmente na nossa região.
Luciano Huck – Eu não acredito, por mais que tenha um apelo popular, em um candidato novo, sem nenhum elã com a política.