SEMANÁRIO JURÍDICO – EDIÇÃO DE 27.03.2016 (I)
JOSINO RIBEIRO NETO
BRASIL – A REPÚBLICA DAS INVERDADES.

dr josinoAs autoridades brasileiras, notadamente as que comandam os Poderes Executivos e Legislativos, perderam totalmente a credibilidade. Mentiras, falcatruas, corrupção, passaram a ser regras de fiel observância e a população, não obstante as irresignaçãoes demonstradas nos protestos denominados “as vozes das ruas”, continua ignorada pelo expressivo e portentoso “poder” do Sr. Lula, que, como visto, tem o Executivo sob sua total gerência.

O povo, espontaneamente, foi às ruas, mas a força organizada e “patrocinada” pelo Governo, também foi medir forças e mereceu até discursos de lideranças petistas, que, na “mesmice” da argumentação, sustentam que protestar contra a corrupção, os desmandos e pugnar por mudanças no Poder Executivos “é golpe”.

A discussão do momento diz respeito à reciprocidade de “grampos” (escutas telefônicas), existente de um lado a Presidência da República, monitorando as ações do Juiz Sérgio Moro e do outro a Polícia Federal, por determinação judicial, seguindo os passos do boquirroto Lula. Rigorosamente, trata-se de “chumbo trocado” cada um agindo a seu modo.

E a população, em nome de quem e para quem existe o Estado e os Poderes, deve ficar alheia a tudo isto? Fugindo das discussões acadêmicas, e das filigranas jurídicas, resultantes, na sua grande maioria de “vozes” parciais, de um lado e do outro, o que se entende é que o povo tem o direito de ter ciência dos fatos, participar, para poder exercer a plenitude de sua cidadania.

Fatos históricos registram que aqui em Teresina-Pi., em tempo passado, residia um lorde inglês, cidadão de finos costumes, chamado “Spenser”, que explorava o ramo do transporte fluvial, quando o Rio Parnaíba permitia tal atividade.

Determinado cidadão, ligado à política partidária do Piauí, se deleitava nas conversas longas e ricas do informações de usos e costumes do povo inglês e sempre questionava a razão da mudança de domicílio do empresário Spenser, sem entender como ele poderia trocar a Inglaterra pelo longínquo Piauí. O inglês, sempre que questionado respondia “eu gostar Brazil, aqui tudo é esculhambacion”.

O julgamento dos costumes brasileiros feito pelo lorde Spenser em tempos passados, pelo visto, continua atual, o que é lamentável.