Intérprete da ardilosa Carolina Castilho, de “Totalmente Demais”, que faz de tudo para atrapalhar a boa performance de Eliza (Marina Ruy Barbosa) no concurso Garota Totalmente Demais, Juliana Paes, de 41 anos, também já teve seus dias de concorrente a uma vaga importante. As disputas, aliás, mesmo as recreativas, fazem parte da vida da atriz desde a infância. Dia desses, ela postou uma foto em seu Instagram em que participava da final de um concurso competindo com a irmã Rosana, um ano e meio mais nova que ela.

 

— Eu estava que nem Eliza ali, nervosíssima! Eu e Rosana éramos as finalistas. Pode ter angústia maior do que concorrer com sua própria irmã? Não lembro qual era a disputa nem o prêmio, mas tenho a sensação de que foi num circo ou parque de diversões, algo mambembe. Eu devia ter uns 10 anos, era muito participativa nesses eventos. Mas nunca me inscrevi em concursos de miss, modelo, nada disso. Testes, sim, eu fiz muitos! Já segurei muita claquete com nome, idade, foto fichada de frente e de perfil. E recebi muito “não” na vida, antes de receber o primeiro “sim” — relembra a atriz.

 

Juliana Paes e a irmã Rosana num concurso quando crianças
Juliana Paes e a irmã Rosana num concurso quando crianças Foto: Reprodução de Instagram

 

Sabotagem, ela diz, é uma palavra forte. Mas a atriz conta que já houve, sim, ocasiões em que ela se sentiu prejudicada por motivos alheios às suas possibilidades.

 

— Já aconteceu muito de eu fazer os testes, a agência me ligar dizendo que eu tinha sido editada (selecionada para a próxima etapa) e não vingar. Teve uma vez em que fiz um teste para uma abertura de novela da Globo, não me lembro qual, e fiquei entre as três finalistas. Estava esperançosa, mas não fui convocada mais. Depois, soube que a escolhida era ligada a alguém muito influente. Fiquei irritada porque nunca tive essas facilidades, nunca fui filha de peixe, sabe? Ninguém facilitou o meu caminho — lembra a hoje estrela da emissora, sublinhando que sua determinação foi essencial para atingir seus objetivos profissionais: — Foi tanto “não”, a ponto de minha mãe dizer para eu deixar pra lá porque estava desperdiçando energia à toa. Não que ela não confiasse em mim, mas queria me proteger das frustrações. Eu me lembro bem de falar pra ela: “Eu estou ótima, faz parte”. Tipo Eliza faz na novela. Quem quer muito, mesmo, não tem medo, vai para os testes com a cara e a coragem. Eu tinha a certeza dentro de mim de que minha hora ia chegar, só não sabia quando.

 

Fonte: Extra