Dois carros foram apreendidos em um depósito da quadrilha (Foto: Divulgação/PF)

A Justiça Federal determinou a liberdade de Marco Aurélio dos Santos Borba, Wagner Roseira e José Mauro Saint Juste Kalife. Eles foram presos na operação Black Ops, da Polícia Federal que há 10 dias prendeu uma quadrilha formada por integrantes das máfias israelense e dos caça-níqueis que contrabandeava para o Brasil carros importados usados dos Estados Unidos.

As decisões foram tomadas durante o fim de semana por diferentes juízes. Juntas, as fianças impostas pela Justiça aos três suspeitos somam R$ 1,8 milhão. O valor não será revisto e o trio não poderá deixar o país. Eles também precisarão se apresentar à Justiça a cada 15 dias e suspender qualquer atividade econômica que trate de comércio exterior. Nenhum dos liberados deve se comunicar com os outros citados no processo sob pena de serem novamente presos.

Um dos beneficiados, Marco Borba, aparece nas investigações realizando uma série de negociações de importação de veículos com um homem identificado como Fabinho. Em uma delas recebe o depósito de R$ 100 mil em sua conta bancária.

De acordo com procuradores do Ministério Público Federal, o rapaz demonstra ser um “contrabandista contumaz”.

Nas investigações também há um diálogo que evidencia as relações de Marco Borba com Yoram El Al e com a empresa Euro Imported Cars. Os procuradores informam que Borba tinha conhecimento de toda a irregularidade praticada pelo grupo e que atuaria diretamente na entrada dos veículos importados no Brasil.

Yoram El Al é suspeito, segundo a PF, de liderar a quadrilha. De acordo com a polícia, a empresa Euro Imported Cars pertenceria a Haylton Scafura, um dos suspeitos de explorar caça-níqueis em bairros da zona norte do Rio. Tanto Yoram quanto Scafura estão foragidos.

Os advogados de Borba informam que ele se apresentou à Justiça e que há interesse em contribuir com o processo.

A Justiça manteve a prisão de Pedro e Adriano Scopel, acusados de contrabando (eles já tinham sido presos em 2008, pelo mesmo crime), de Ana Carolina Blaso da Silva e do companheiro dela, Marcelo Lima Pereira. Os dois foram os primeiros a serem presos pela Polícia Federal devido à informação de que a operação deflagrada no dia 6 teria “vazado”. Eles foram detidos em Ipanema, na zona sul do Rio.

Fonte: G1