Com as festas de Natal e Ano Novo, os teresinenses aproveitam para pegar a estrada. O destino mais comum é o litoral do Piauí. Pensando nisso, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) vai intensificar a fiscalização nas rodovias federais do estado.
Segundo estimativa da PRF, mais de 40 mil veículos devem deixar Teresina rumo ao litoral neste fim de ano.
No ano passado, no período de 16 de dezembro a 1° de janeiro, a PRF registrou 164 acidentes nas BRs do estado, com 11 mortes no total. Para o inspetor Raimundo Rameiro, da PRF, esse número é alarmante.
“Em apenas 15 dias, foram registradas 11 mortes, sendo que por mês, em média, 17 pessoas morrem nas rodovias federais do estado. Nesse período, o número de acidentes é maior porque aumenta a quantidade de veículos nas BRs e também porque as pessoas viajam principalmente a lazer”, destacou.
Cerca de 200 policiais rodoviários vão estar a postos nas estradas do Piauí. A BR 343, que leva ao município de Luís Correia, no litoral, é o principal alvo da fiscalização, já que registra o maior número de acidentes, ainda que não sejam os mais graves.
De acordo com o inspetor Rameiro, os dados estatísticos revelam que a maioria dos acidentes nas BRs do Piauí são colisões frontais, decorrentes de ultrapassagens em locais proibidos. “Só este ano, foram 103 acidentes desse tipo, com 58 mortes. Ou seja, em cada dois acidentes desse tipo, um tem vítima fatal”, ressaltou.
A segunda maior causa de acidentes são os atropelamentos. “Foram 90 atropelamentos só este ano, com 27 pessoas mortas. Por isso é importante, ao adentrar centros urbanos, reduzir a velocidade”, acrescentou Rameiro.
O inspetor lembra que os acidentes mais graves são os que envolvem alta velocidade e ingestão de bebida alcoólica e faz um alerta: “Estaremos fiscalizando com o radar e com o bafômetro. É bom lembrar que, ao longo de 2011, 510 motoristas foram flagrados dirigindo alcoolizados, e desses, 213 foram presos por apresentar um teor alcoólico muito elevado”.
Rameiro recomenda, ainda, outros cuidados. “É importante fazer a revisão do veículo, principalmente dos itens de iluminação, dos faróis, de forma que a luz não ofusque outros veículos. E as pessoas não podem deixar de usar o cinto de segurança. Apenas 10% dos passageiros do banco traseiro usam o cinto. Uma pessoa que pese 60 kg, por exemplo, estando sem o cinto, será arremessada, em caso de acidente, com o peso de 1 tonelada sobre as pessoas que estiverem no banco da frente, o que agrava muito a situação”, pontuou.
Fonte: Portal O DIA