O técnico Mano Menezes é o Bola da Vez desta terça-feira (30 de maio), às 21h30, na ESPN Brasil e no WatchESPN. O treinador do Cruzeiro foi entrevistado pelo apresentador João Carlos Albuquerque, o ‘Canalha’, e os comentaristas André Kfouri e André Plihal.
No programa, Mano falou sobre a curta passagem pelo Flamengo em 2013, onde ficou apenas três meses e pediu demissão. O treinador explicou os motivos que resultaram na saída, entre eles as festas de jogadores.
“Aconteceram fatos lá que me levaram a tomar uma atitude radical, porque não é comum um técnico pedir para sair. Tive que pagar multa rescisória. Minha questão com o Flamengo, eu até dei uma declaração e entendo porque foi deturpada, porque eu também não dei todas as explicações. Quando a gente não dá todas as explicações, as pessoas também têm direito de especular. Eu disse que a filosofia que eu tinha sobre futebol não estava sendo entendida sobre os jogadores, e as pessoas disseram que os jogadores não estavam entendendo aquilo que eu queria de futebol”, disse.
“E também fatos que ocorreram depois com o grupo do Flamengo, que apareceram depois em algumas festas, algumas coisas. Para quem estava atento, viu que era disso que eu estava falando. Porque nós havíamos eliminado o Cruzeiro da Copa do Brasil, um resultado importante, e aconteceram fatos naquela semana que eu achava que não deveriam ter sido comemorados. E alguns jogadores entenderam que poderiam comemorar fora do limite que eu acredito do profissionalismo do futebol”, acrescentou.
Outro motivo está relacionado com Luiz Eduardo Baptista, mais conhecido como Bap, ex-vice-presidente de marketing do Flamengo. “Uma pessoa dentro do Flamengo quis decidir para quem eu daria e para quem eu não daria entrevista. Foi o Bap. Eu tinha marcado duas entrevistas com dois colegas de vocês (jornalistas) e, quando essa pessoa do Flamengo descobriu, ele não queria permitir. E aí eu tive um desgaste para mostrar para ele que eu estava treinador do Flamengo, mas que o Flamengo não ia decidir minha vida profissional em todos os aspectos. Mesmo assim, fiz as duas entrevistas, e ele, internamente, considerou aquilo uma traição”, afirmou.
“Então, fomos somando fatos que me levaram naquele momento, também analisando o rendimento da equipe, que oscilava muito, a entender que, mesmo com as críticas que eu ia receber e pelas coisas que não abro mão, era a decisão que eu deveria tomar”, explicou.
Entre outros assuntos abordados pelo técnico na entrevista também estão a experiência no futebol chinês, a rivalidade Cruzeiro x Atlético-MG e o excesso de jogadores estrangeiros no Brasil.
Fonte: ESPN