Depois de oito GPs do Brasil com o vermelho Ferrari, neste fim de semana Felipe Massa pisará pela primeira vez em Interlagos com o azul e branco da Williams. Uma equipe cuja história se mistura com o a história do automobilismo brasileiro. Pelo time, já passaram seis pilotos do país, dentre eles, Nelson Piquet, Ayrton Senna e Rubens Barrichello. Uma relação que deixa representante do país na Fórmula 1 orgulhoso de dar continuidade.
– É muito bacana estar participando de um GP do Brasil com a Williams. É um carro com uma cor diferente, mas é uma equipe muito bem-vinda no Brasil, muito famosa por aqui, pelo passado, pelos brasileiros que passaram. Estou muito feliz em estar correndo por ela – contou o piloto em papo com o GloboEsporte.com
Mas para Massa, mais importante do que correr pela primeira vez no Brasil com a Williams, é ter nas mãos novamente um carro competitivo. Para 2014, a tradicional equipe inglesa reformulou seu departamento técnico, trouxe novos patrocinadores e aproveitou a mudança de regulamento para dar um salto de qualidade. Bem estruturada, foi capaz de continuar evoluindo durante a temporada, alternando-se com a RBR como a segunda força do grid, dependendo do circuito, sempre atrás, é claro, das quase imbatíveis Mercedes.
– As mudanças que a Williams fez para esse ano foram muito positivas. E o trabalho que a equipe fez da primeira corrida até agora foi ótimo. Talvez tenha sido a equipe que mais cresceu, que mais evoluiu, que melhor desenvolveu o carro ao longo do ano. Isso mostra a capacidade que tem essa equipe – destacou o brasileiro, 8º colocado com 83 pontos.
E toda essa evolução faz com que Massa chegue ao GP do Brasil, válido pela penúltima etapa da temporada 2014, com chances reais de pódio, que acabou escapando por um erro de estratégia na etapa anterior, nos Estados Unidos. Ciente da soberania das Flechas de Prata de Lewis Hamilton e Nico Rosberg, o paulista de 33 anos vê o terceiro lugar alcançável, mas não deixa de sonhar mais alto. Afinal, “vai que” o inglês e o alemão se estranham, algo que já aconteceu algumas vezes durante o ano:
– Tomara que a gente tenha uma corrida e um fim de semana perfeitos. O objetivo é sempre pensar no melhor, pensar no pódio. Quem sabe até uma vitória. Vai que as duas Mercedes se enroscam no começo da corrida, ou em algum outro momento. Não é impossível de acontecer – disse bem-humorado.
E se em Interlagos Massa ainda tem esperanças em uma vitória, no campeonato ninguém tira o título de um dos pilotos da Mercedes. Com a dobradinha em Austin, Hamilton r Rosberg chegaram respectivamente a 316 e 292 pontos e não podem ser mais alcançados por Daniel Ricciardo, da RBR, 3º colocado. E na luta ponto a ponto entre os dois postulantes das Flechas de Prata, o brasileiro da Williams deu sua opinião de quem é mais merecedor para levantar a taça ao final da temporada.
– Nesse momento não podemos deixar de destacar o trabalho que o Hamilton está fazendo. Está melhor, mais tranquilo e fazendo um trabalho melhor que o Rosberg nesse momento. Mas não podemos esquecer que tem 25 pontos em jogo nesse fim de semana e a corrida final com pontuação dobrada e o Rosberg tem chance de vencer sim. Olhando agora, acredito que o Hamilton tenha mais possibilidade. Mas um problema, como já aconteceu em algumas corridas, muda tudo – ressaltou, lembrando da regra de pontos em dobro, válida apenas para o GP de Abu Dhabi, que encerra a temporada dia 23/11.
GP do Brasil será disputado nos dias 7, 8 e 9 de novembro no Autódromo de Interlagos. Os treinos livres começam nesta sexta-feira, 10h (de Brasília) e têm transmissão do SporTV. A TV Globo transmite todas as emoções do treino classificatório, às 14h de sábado, e da corrida, às 14h de domingo.
Fonte: Globo Esporte