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Mais de 40 instituições federais que participam do processo seletivo do segundo semestre do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) têm servidores técnico-administrativos em greve parcial ou total durante o período de matrículas dos aprovados na primeira chamada do sistema do Ministério da Educação. Segundos levantamentos feitos pela imprensa, na maioria delas, as matrículas estão sendo realizadas graças ao remanejamento de servidores que não aderiram à greve e está cumprindo as tarefas consideradas essenciais, entre elas, a matrícula do Sisu.

Em nota, o Ministério da Educação afirmou que o prazo para que os aprovados garantam a matrícula não será prorrogado, e termina na próxima segunda-feira (9).

As principais reivindicações dos servidores, em greve desde 11 de junho, são o aumento do piso salarial em 22,8% e a correção das pendências da carreira desde 2007. O piso atual é de R$ 1.034. Os servidores fizeram uma greve de quase quatro meses no ano passado, mas não houve negociação com o governo e a paralisação foi encerrada.

Orientações por e-mail
Em algumas instituições, os aprovados estão recebendo informações por e-mail. Na Universidade Federal do Tocantins (UFT), os 391 aprovados foram orientados a procurar diretamente as diretorias dos campi. Em outras, a greve só deve atingir parte do período da matrícula, como é o caso do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Acre (Ifac). Lá, segundo a assessoria de imprensa, a paralisação começa na segunda-feira (9), mas 30% dos servidores garantirão os serviços prioritários.

Já no Ceará, as três instituições com vagas no Sisu e greve de servidores criaram um sistema on-line para que os aprovados possam se matricular pela internet. No Paraná, para contornar a suspensão das matrículas, a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) vai aceitar documentos de matrícula enviados por Sedex, com aviso de recebimento e data de postagem até a segunda-feira (9).

O MEC informou na quarta-feira (4) que faz o acompanhamento das matrículas, caso a caso, e até o momento, não havia decidido se haverá prorrogação do prazo que termina na segunda-feira. O ministério, ainda, orienta as universidades que enfrentam problemas mais agudos com o movimento grevista dos funcionários que realizem as matrículas pela internet.

Fonte: 180graus