Média móvel de mortos por Covid-19 é a maior em dois meses, indica boletim de imprensa
O Brasil chegou a 179 mil mortes por Covid-19 nesta quarta-feira, informa o boletim das 20h do consórcio de veículos de imprensa. A média móvel foi de 643 mortes, a maior desde 7 de outubro, representando um aumento de 34% em comparação com o cálculo de duas semanas atrás. Nas últimas 24 horas foram registrados 848 óbitos, totalizando 179.032 vidas perdidas para o novo coronavírus. Foram notificados também 54.203 novos casos da doença, elevando para 6.730.118 o número de infectados pelo Sars-CoV-2.
A “média móvel de 7 dias” faz uma média entre o número de mortes do dia e dos seis anteriores. Ela é comparada com média de duas semanas atrás para indicar se há tendência de alta, estabilidade ou queda. O cálculo é um recurso estatístico para conseguir enxergar a tendência dos dados abafando o “ruído” causado pelos finais de semana, quando a notificação de mortes se reduz por escassez de funcionários em plantão.
Há 22 unidades federativas com tendência de alta na média móvel de mortes por Covid-19: Acre, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
Alagoas, Pará e Rio de Janeiro demonstram estabilidade. Já Amazonas e Maranhão são os únicos estados que apresentam queda na média móvel de mortes pelo coronavírus.
Os dados são do consórcio formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo e reúne informações das secretarias estaduais de Saúde divulgadas diariamente até as 20h. A iniciativa dos veículos da mídia foi criada a partir de inconsistências nos dados apresentados pelo Ministério da Saúde.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira que o governo “se comportou muito bem” durante a pandemia do novo coronavírus. A declaração foi dada durante almoço com oficiais-generais das Forças Armadas, no Clube da Aeronáutica.
Desde o começo da pandemia, o presidente minimizou os impactos da doença. Ele criticou medidas de isolamento social, aconselhada pela Organização Mundial da Saúde e por autoridades da área da Saúde, e defendia isolamento vertical — apenas para as pessoas de grupo de risco. Além disso, sugeriu o uso de medicamentos que não tem comprovação científica contra a Covid-19 para tratar a doença.
Pazuello muda de tom e diz que vacinação contra Covid-19 pode começar em dezembro
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, informou, nesta quarta-feira (9), que a vacinação contra Covid-19 pode começar em dezembro ou janeiro. Em entrevista à CNN Brasil, Pazuello afirmou que será primeiro necessário fechar o contrato do governo com a Pfizer, ainda em negociação, depois a farmacêutica precisa obter registro para uso emergencial e ainda conseguir adiantar a entrega de sua vacina candidata contra o novo coronavírus. Segundo ele, 500 mil doses da vacina da Pfizer serão entregues em janeiro.
Em pronunciamento na terça-feira, o ministro já havia dito que a previsão era para que as primeiras doses da vacina da Pfizer chegassem ao Brasil em janeiro. No plano preliminar apresentado na semana passada, a campanha começaria em março com grupos específicos.
No fim da tarde, o Ministério da Saúde divulgou uma nota afirmando que vai “o plano de imunização contra a Covid-19 será apresentado aos brasileiros em breve”. No mesmo comunicado, a pasta apresenta um slide que confirma a exclusão de pessoas privadas de liberdade dos grupos prioritários de vacinação, conforme informou o colunista do GLOBO Lauro Jardim.
Fonte: Extra