Mesmo com baixo custo “Hostels” tiveram pouca procura no carnaval
Um dos tantos setores atingidos pela Covid-19 no Brasil é o hoteleiro. Para garantir a subsistência, os proprietários desse tipo de negócio têm lançado mão de atrativos para a clientela. Uma modalidade de negócio que tem sido a aposta de muitos empresários, são os hostels – onde é possível se hospedar em quartos ou espaços compartilhados com valor mais acessível.
Mesmo com tamanha facilidade, a procura por esse tipo de serviço tem registrado baixa. “Diminuiu consideravelmente a procura, porque a gente recebe um público que é da nossa região – Piauí, Ceará e Maranhão, que vem para ficar os cinco dias de Carnaval curtir as festas, não só pelas praias e pelo Delta, que são as atrações turísticas, mas a maioria vem por conta das festas”, disse Inês Melo, proprietária de hostel em Parnaíba.
Uma das vantagens de se hospedar em hostels, além da economia, é estar entre pessoas que compartilham das mesmas ideias e que tem vivências parecidas. A empresária Maia Ibiapina é parnaibana e resolveu há algum tempo investir em um hostel no estado do Ceará. Vez ou outra ela visita sua cidade natal e aproveita para encontrar com os amigos em um ambiente mais descontraído encontrado nos hostels, mas não esconde as dificuldades enfrentadas por esse setor neste momento de pandemia. “Lá a gente tem as mesmas dificuldades de pandemia, de cancelamento de Carnaval. O hostel lá, eu até consegui viajar porque o movimento foi muito fraco este ano – mas, as dificuldades são basicamente as mesmas.”, relatou.
Inês se preocupa com o “pós-Carnaval”, e presume que a baixa procura por hospedagem tende a seguir nos próximos meses. “É preocupante porque a gente não sabe o cenário que vai vir após o Carnaval, e aqui é uma região sazonal de recebimento de turistas, o Piauí não é divulgado, o litoral do Piauí não tem uma força de divulgação pelos órgãos públicos que alcançariam mais pessoas. Então, o Carnaval, que a gente recebe gente da região, a gente não recebeu tanto, é muito ruim para a parte econômica, e não é só para a gente, é para toda a movimentação econômica [no estado]”, lamentou.