O ministro da Agricultura, Antônio Andrade, anunciou neste domingo (18) em Paragominas (PA) que mais oito estados brasileiros, nas regiões Norte e Nordeste, serão reconhecidos como áreas livres de febre aftosa.
A febre aftosa é uma doença viral, altamente contagiosa, que atinge principalmente, bovinos, bubalinos e suínos. A doença não atinge cavalos nem seres humanos. Os registros de casos da doença geram prejuízos econômicos ao país por dificultarem a exportação de carne e por provocarem perdas na eficiência produtiva.
Segundo o ministério, com a ampliação da zona livre de aftosa, 99% do rebanho nacional (cerca de 205 milhões de cabeças) de bovinos e bubalinos (búfalos) passam a ficar em regiões livres da doença, segundo o ministério.
O anúncio foi feito durante a assinatura da instrução normativa que torna o norte do Pará livre da doença – o sul do estado já possuía esse status. Nos próximos dias, o ministro deverá assinar o termo que reconhecerá como livre da aftosa os estados de Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte.
Com isso, somente Amapá, Amazonas e Roraima continuarão como áreas consideradas infectadas. Mesmo com as mudanças, todos os estados precisam manter o calendário de vacinação contra a doença. Atualmente, Santa Catarina é o único estado considerado livre da febre aftosa sem vacinação.
O reconhecimento dos novos estados se deu após auditorias do Ministério da Agricultura que envolveram 68 mil animais em 1,9 mil propriedades, onde foram comprovadas a ausência do vírus da doença.
Reconhecimento internacional
De acordo com o ministério, em outubro deste ano a pasta enviará pedido à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) para que a zona envolvendo os oito novos estados livres da febre aftosa tenham reconhecimento internacional.
“Quando esses estados forem certificados pela OIE, 78% do território nacional será reconhecido internacionalmente como livre de febre aftosa, diminuindo as restrições de trânsito interno e possibilitando a abertura de vários mercados ainda inacessíveis para os produtos dessa zona”, disse o ministro, segundo informou a assessoria de imprensa do ministério.
Fonte: G1