porchatNa noite desta segunda-feira (14), Ellen Cardoso, a Mulher Moranguinho, e Naldo Benny deram uma breve entrevista ao “Programa do Porchat”. Juntos, o casal falou sobre o reato dos votos de casamento após cinco meses do incidente envolvendo a agressão do cantor.

Durante a entrevista, Fábio Porchat pediu para o funkeiro explicar um pouco sobre seu processo de terapia para tratar suas manifestações violentas, e Moranguinho — por sua vez — revelou o motivo que a levou a dar uma segunda chance ao marido.

“Amor, só amor justifica isso. Quando você ama e vê nem que seja 1% de chance de que você pode recuperar sua família, o seu relacionamento, aí, eu acho que vem a força de tentar consertar e reparar os erros. Acho que quando a pessoa passa por essa situação, é difícil alguém dizer ‘procura, conversa, vocês se amam’. As pessoas falam ‘larga, você não precisa passar por isso’. Eu escolhi minha família. A instituição da família vem perdendo valor”, explicou Ellen, que ponderou dizendo que o conselho não se aplica a todos os casais que passam pelo mesmo problema.

“Claro que existem situações de mulheres que realmente são maltratadas a vida toda, esse não era meu caso. Eu sabia que meu marido tinha um problema e ele precisava se tratar”, completou a dançarina.

O cantor concordou que a ajuda de um profissional era mais que necessária para ajudá-lo a se tratar. “Fazer terapia, tocar na ferida, é difícil demais. Não fui porque ela foi pra delegacia, eu estava enojado de mim. Fui entendendo que tinha ciúmes demais. Quando alguém chegava para ela e falava algo, eu ficava um monstro. A maneira que eu conduzia as coisas de forma muito radical sufocava a Ellen. Sempre fui muito desconfiado com tudo”, revelou Naldo.

Naldo prosseguiu admitindo a culpa e reconhecendo que a terapia o ajudou a perceber que suas ações violentas eram resultantes de alguns traumas da infância. “Aprendi dentro da terapia que a pessoa tem reações das experiências de vida que teve. E as minhas experiências de vida, infelizmente, não foram boas enquanto criança. O lugar onde cresci é um lugar de muita violência. Eu amo meu pai, mas eu vi isso (as agressões à mãe) acontecendo e você se autoflagela. Você não quer, mas acaba fazendo”, esclareceu.

O funkeiro também citou seu desespero ao se ver sem a filha, Maria Victória, de 3 anos, e a esposa. “Foi bem difícil. Fiquei três meses sem vê-la e um mês e pouco sem minha filha. Eu ficava catando fio de cabelo dela de tanta saudade. É muito forte isso. Só quem é casado sabe como é isso, quando o cara vacila e quer a família de volta. É muito mais duro do que todo o mundo imagina. Se ela não tomasse essa atitude de procurar uma Delegacia da Mulher, e eu entender que estava horrível para mim, não sei se eu mudaria. Eu achava que estava certo em ser tão possessivo.”

Fonte: Jetss