A Qdenga, nova vacina utilizada para prevenção da dengue, deve chegar ao Brasil somente no segundo semestre deste ano. Fabricada pela Takeda, ela foi aprovada no início deste mês pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para ser comercializado no Brasil.

O imunizante tem quatro diferentes sorotipos do vírus causador da doença, conferindo assim uma ampla proteção. Destinado ao público de 4 a 60 anos, ele é aplicado em esquema de duas doses, com intervalo de três meses entre elas.

Depois da aprovação da Anvisa, outra etapa se dá na CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos), que define o valor máximo de medicamentos. Por enquanto, não há estimativa de quanto à dose deve custar. Na perspectiva mais otimista, de o processo durar três meses, a vacina deve estar disponível no Brasil no segundo semestre deste ano.

Também existe o interesse de levar o imunizante para o SUS, até por causa do impacto da dengue no Brasil. Só no ano passado houve mais de mil mortes.

Para um fármaco ser adicionado à rede pública de saúde, é necessário que ele passe antes pela avaliação da Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS).

Uma vantagem da vacina é que ela pode ser utilizada tanto em pessoas que já tiveram dengue quanto naquelas sem histórico da doença.

Em estudos, observou-se boa capacidade de defesa contra a infecção. Em avaliação clínica, após 12 meses da aplicação, a eficácia geral foi de 80,2% contra a dengue causada por qualquer um dos quatro sorotipos que causam a doença.

No Brasil, há outro imunizante, fabricado pela Sanofi Pasteur, que age contra a infecção, mas só é indicado para aqueles que já apresentaram a doença. Essa vacina só está disponível na rede privada.

Com informações da Folhapress