O número de doutores nos quadros da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) aumentou 40 vezes, em dez anos. A informação é do pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação, Geraldo Eduardo da Luz Júnior, que atribui esse salto à política arrojada de apoio à qualificação implementada no Piauí, onde o governo e a própria instituição estimulam a formação, um esforço que traz retorno.
“A qualificação da mão de obra possibilita a captação de recursos para investimento em pesquisa científica de forma a contribuir com o desenvolvimento de nosso estado e da região”, esclarece o pró-reitor.
A Uespi possui 900 professores efetivos. Os doutores são 28% do total. Atualmente há 76 membros do corpo docente afastados da instituição para fins de doutorado. Quando estes retornarem com os respectivos títulos, o percentual de professores doutores deve ficar próximo do índice da Universidade Federal do Piauí (UFPI), onde os doutores são 36% do total.
A elevação do nível acadêmico do corpo docente da Uespi influencia positivamente na aprovação de novas propostas de pós-graduação. Na semana passada, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), agência vinculada ao Ministério da Educação, aprovou a instalação do mestrado em química pela Uespi. Entre os critérios levados em conta pelos avaliadores estão: infraestrutura (laboratórios, espaço físico, equipamentos, biblioteca); apoio institucional da universidade; produção científica e a experiência dos professores. “Nesse aspecto observa-se a bagagem na orientação de alunos em trabalhos científicos, mestrado e doutorado. Nós temos uma parceria com a UFPI que nos trouxe um know-how importante”, relata Geraldo Júnior.
Com as condições favoráveis, a Uespi agora espera pela aprovação do mestrado em Engenharia da Computação. A Capes enviou consultores à universidade para verificar a estrutura in loco. O resultado deve sair em maio. Em junho, outras quatro propostas de mestrado serão protocolizadas: ciências da saúde; ciências agrárias; ciências do movimento e desenvolvimento sustentável do semiárido. Os resultados devem ser divulgados em 2016.
Fonte: CCom