Além de uma torta de banana, que é sua especialidade, não esperem ver Paolla Oliveira cozinhando nessa quarentena. A atriz revela que tem feito faxina na casa, cuidado de todos seus bichos (só de cachorros são quatro), mas cozinhar nunca foi seu forte. A musa passa o período de isolamento social em sua residência no Rio, acompanhada de uma tia, que já vivia com ela, e do namorado, Douglas Maluf. “O coração pode estar bem, sozinho ou acompanhado. O meu está acompanhado e feliz”, diz. Na verdade, numa live promovida pelo Canal Brasil, o que Paolla fez mesmo foi abrir o coração, citando a dificuldade de conseguir papéis que fogem de uma imagem construída na TV, a falta de pudor em ficar nua, a pressão com o corpo e pela maternidade.

 

“Muitas vezes as pessoas têm uma imagem errada de mim e não me convidam para viver certos personagens. Será que a Paolla Oliveira topa ficar feia? Será que a Paolla Oliveira aceita parecer mais velha? Cria-se uma imagem em torno do meu nome. Ela é grande, não vai querer fazer esse trabalho. Aí, sou eu que tenho que falar que quero fazer. Com Danny Bond (sua inesquecível personagem na série “Felizes para sempre”) foi assim. Tive que brigar”, conta Paolla, que gostaria de fazer também mais papéis desafiadores no cinema: “Gostaria de fazer algo que ninguém me imaginaria fazendo”.

 

Paolla Oliveira revela que já foi alvo de críticas e julgamentos pelas personagens, que não foram poucas, que exigiram que ela ficasse nua ou com altas doses de sensualidade em cena. Ela não se importa, e acredita que as pessoas deveriam é ter pudor sobre as coisas ruins que estão acontecendo agora, em especial no Brasil. “Muitas vezes fui questionada: ‘você faz muitos papéis assim’. Mas as pessoas não sabem dos outros que eu recusei. Eu fiz essas escolhas. Se a tua sensualidade ajudar a contar aquela história é válido. Não tenho vergonha nem pudor”.

 

 

A pressão que sente hoje sendo famosa já era percebida nos tempos em que trabalhou como modelo, antes de estrear na TV: “Já perdi trabalho por causa do meu biotipo. Fui muito de deixar levar e ser pressionada por estereótipos e cobranças. E eu nem precisava ser modelo porque queria mesmo era ser atriz”. Mais resolvida Paolla está também quando o tema é a maternidade. Ela se cansou da cobrança, congelou óvulos (“sei que é um privilégio que tive”) e exige o direito de ter seu tempo, sua escolha: “Já me cobraram tanto isso que uma hora me senti insensível, quase cruel. A gente cai nessa pressão, não tem jeito. A maternidade é um gesto tão lindo que não deve ser imposta. Me reservei o direito de ter esse tempo”.

 

Fonte: Extra