adufpi31009Os professores da Universidade Federal do Piauí (Ufpi) paralisaram suas atividades mais uma vez na quinta-feira (23). A decisão, acertada em assembleia geral convocada pela Associação de Docentes da Universidade Federal do Piauí (Adufpi) na quarta-feira (15).

Esta já é a segunda paralisação da classe em menos de 20 dias, o que acende o sinal vermelho para a possibilidade de mais uma greve das federais.

A paralisação de ontem teve como objetivo chamar a atenção da população para as negociações com o Governo Federal, que iniciaram com bases sindicais.

“Queremos chamar atenção do governo para a primeira rodada de negociações do Ministério do Planejamento com o ANDES. Queremos chamar atenção para nossas reivindicações sejam cumpridas”, declara o professor Marcos Santos, presidente da Adufpi.

Porém, o movimento ainda busca adesão por parte de alunos e técnicos-administrativos da instituição, além de professores que insistem em ministrar aulas, contradizendo o que foi acordado em assembleia.

As reivindicações são muitas, e incluem questões de carreira, salariais, melhores condições de trabalho e os 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação.

“O movimento está começando agora, é um processo. Na paralisação passada nós fizemos uma estimativa e 35% a 45% pararam. É um número razoável. Mas alguns departamentos pararam quase 100% hoje, percebemos uma adesão bem maior”, considera Marcos Santos.

A Adufpi e as demais entidades sindicais denunciam, ainda, a questão da defasagem salarial, que só seria superada com um reajuste anual de 27%. Outro ponto visado pela categoria é a equiparação dos servidores aposentados e a reestruturação dos cargos de carreira de professor.

A PL 4330/04 também é um ponto central na discussão dos professores. Conhecida como “Lei da Terceirização”, o projeto busca aprovação no Senado após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter declarado constitucional grande parte do texto da matéria da nova legislação.

As consequências da vigência do dispositivo pode mudar drasticamente os rumos da educação pública brasileira, pois organizações sociais podem assumir as direções de Universidades Federais.

Fonte: Meio Norte