Parnaíba completa neste domingo seus 172 anos de elevação a categoria de cidade. A comemoração do aniversário neste 14 de agosto terá início às 07h, com a tradicional missa na Igreja do Colégio Nossa Senhora das Graças. Em seguida haverá a solenidade de hasteamento da bandeira, no Centro Cívico de Parnaíba. O desfile das escolas será na Avenida São Sebastião, próximo ao M. Shows, às 16h, encerrando a programação.
Um pouco da história: Dos índios ao status de vila
Antes da chegada do elemento colonizador, a região do Delta do Parnaíba era ocupada por índios Tremenbés, exímios nadadores conhecidos como “peixes nacionais”. Entre os anos de 1571 e 1614, uma série de excursões chegaram a região, atraídas pelas notícias da grandiosidade do rio que cortava a região. Eram navegadores, aventureiros, jesuítas e pesquisadores que desbravavam a região muito antes dos bandeirantes. Conta-se que um destes navegadores, Nicolau Resende, naufragou na foz do rio e perdeu toneladas de ouro, o que o levou a passar cerca de 16 anos na região em busca de seu tesouro.
Na época por causa da Carta Régia de 1701 que só permitia a criação de gado a uma distância de 10 léguas do litoral, a economia da futura província do Piauí era interiorizada uma vez que a pecuária era sua base. Além disso, essa determinação obrigou comerciantes e contrabandistas a usarem o rio Parnaíba como via transportadora já que era inviável o doloroso trajeto terrestre. Diante disso criou-se um entreposto para a guarda de animais e acondicionamento da carne bovina, a esse local foi dado o nome de Porto Salgado ou das Barcas que acabou propiciando o desenvolvimento de uma indústria charqueadora na região e de um dos núcleos que deram origem a cidade de Parnaíba. O outro núcleo gerador da cidade foi o arraial Testa Branca que anteriormente era uma fazenda de gado que não oferecia chances de desenvolvimento.
Em 20 de setembro de 1759, João Pereira Caldas, o então governador da província do Piauí, fundou a vila de São João da Parnaíba e misteriosamente escolheu como sede o arraial Testa Branca, com a promessa nunca cumprida de que fossem construídas 59 casas o que acabou gerando insatisfação nas comunidades adjacentes do Porto das Barcas.
Em 1769 a Câmara, instalada na região portuária que administrava a vila proibiu a construção de novas edificações em Testa Branca e no ano seguinte, o governador Gonçalo Botelho de castro, transferiu definitivamente a sede para o porto. Foi também em 1770 que iniciou-se a construção da Igreja de Nossa Senhora Mãe da Divina Graça que hoje é uma das poucas catedrais em estilo barroco do Estado e foi fundada no dia 14 de agosto.
Com informações do Wikipédia